Orgulho, confiança e reconhecimento são algumas das palavras usadas pelos comandos das cinco corporações de bombeiros que esta semana viram os seus operacionais integrarem a Força Operacional Conjunta (FOCON) que está já no Canadá para ajudar no combate aos incêndios que deflagram no país desde o início do mês.
João Pedro Barreiros (Bombeiros Voluntários de Cabanas de Viriato), Bruno Esteves e João Brízida (BV Castro Daire), Ryan Cunha Teixeira (BV Mangualde), António Quintal e Pedro Correia (Bombeiros Sapadores de Viseu) e Fábio Pinto (BV Viseu) são os sete bombeiros que esta quarta-feira viajaram integrados na FOCON, força que reúne vários agentes da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), num total de 140 operacionais. Um apoio nacional ao abrigo do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia.
Para o comandante dos Bombeiros Voluntários de Cabanas de Viriato, Fernando Campos, “é um privilégio e um orgulho estar nesta força”.
“Efetivamente, o pessoal da nossa região está credibilizado para fazer este serviço. De enaltecer o empenho do nosso comando regional, porque o que acontece normalmente é que fica tudo para a capital e não chega ao Interior do país”, refere.
Já o comando dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire destaca o “orgulho” em ver a corporação representada nesta força e a presença de um número considerável de operacionais da região de Viseu.
“Havendo vários corpos de bombeiros alocados, acho que é a mostra daquilo que é a qualidade e capacidade das nossas corporações”, refere, lembrando ainda que “cada vez mais as forças de proteção civil devem ser forças conjuntas”.
O comando dos voluntários de Castro Daire assegura ainda que esta é uma experiência que “traz mais-valias na troca de experiências no que ao combate aos incêndios rurais diz respeito”.
Para o comandante da corporação de Mangualde, Márcio Teles, a integração de um operacional é “um orgulho”, sobretudo porque “é a primeira missão internacional em 94 anos de história”.
Márcio Teles lembra ainda que esta é “uma mais valia para a Associação pela experiência que o operacional vai adquirir nesta missão”. “Novas experiências são sempre uma enorme fonte de aprendizagem e de melhoria de procedimentos tendo em conta novas realidades”, salienta.
Outra das mais-valias, acrescenta o comandante dos Voluntários de Mangualde, “é a interação em contexto de operações com outros agentes de proteção civil”. “Certamente que todos iremos ficar a ganhar, não só no CB de Mangualde, mas também na sub-região Viseu Dão Lafões”, finalizou.
De Viseu saíram elementos de dois corpos de bombeiros, os voluntários e os sapadores. João Leal, comandante dos voluntários, também destacou o “orgulho” em fazer parte desta equipa e lembrou que esta é uma forma de reconhecimento do trabalho diário dos corpos de bombeiros da região.
“É com orgulho que vemos um dos nossos integrar uma força nacional que terá como missão apoiar e ajudar outro país. A presença dos Bombeiros Voluntários de Viseu nesta equipa é também a demonstração da qualidade dos nossos operacionais, do trabalho e empenho que todos os dias depositam nesta nobre missão que é ajudar o outro, seja em território nacional ou em qualquer parte do mundo”.
Rui Nogueira, comandante dos Bombeiros Sapadores de Viseu, frisou a “importância elevada” da presença dos operacionais nesta força, “na medida que vai apoiar um país como o Canadá que pela história tem elevadas competências no combate aos incêndios rurais, o que dignifica as corporações que estarão neste apoio”.
O operacional destacou ainda a “solidariedade” e “camaradagem” destas missões, referindo a “total confiança” nos bombeiros que saem de Viseu.
“Depositamos confiança neles, com a certeza que vão ter um bom desempenho e que vai dignificar não só o município, como a região e o país”.
