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O deputado do PS eleito por Viseu, João Paulo Rebelo, faz parte da direção de campanha da candidatura de Pedro Nuno Santos à liderança do partido. O ex-secretário de Estado do Desporto integra a equipa liderada por Francisco César, que é o vice-presidente do grupo parlamentar dos socialistas.
No próximo sábado (18 de novembro), em reunião da Comissão Nacional do PS, as eleições internas diretas para a sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral deverão ser marcadas para 15 e 16 de dezembro, em simultâneo com a eleição de delegados ao congresso, que se realizará nos dias 6 e 7 de janeiro.
Deputado eleito pelos Açores, Francisco César integra as comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e de Defesa Nacional, fez parte da direção de campanha do PS nas eleições legislativas de janeiro de 2020 e foi líder parlamentar socialista na Assembleia Legislativa Regional dos Açores até 2020.
Do ponto de vista político, Francisco César é um dos dirigentes socialistas considerados mais próximos de Pedro Nuno Santos.
Além de João Paulo Rebelo e Francisco César, a direção de campanha do ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação integra também o administrador Pedro Vaz (ex-secretário nacional para a Organização da JS sob a liderança de Duarte Cordeiro) e um dos destacados militantes da Federação de Aveiro do PS.
Na mesma estrutura estão ainda a ex-ministra Alexandra Leitão (coordenadora da moção de orientação política), a deputada e ex-líder da JS Maria Begonha, Nuno Araújo (PS/Porto), Diogo Cunha (deputado eleito por Braga), Joana Sá Pereira (deputada eleita por Aveiro e coordenadora da bancada socialista na Comissão de Assuntos Constitucionais) e Hernâni Loureiro (ex-dirigente da JS e adjunto da ministra da Habitação).
No início da próxima semana, segundo fonte desta candidatura, Pedro Nuno Santos inicia um périplo pelas federações socialistas do território continental e pelas regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Um périplo que se estenderá praticamente até às vésperas das eleições diretas para o cargo de secretário-geral do PS (15 e 16 de dezembro).
Durante esta fase de campanha interna, o ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação deverá também ter encontros com militantes das estruturas do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, da Tendência Sindical Socialista, da JS e da Associação Nacional de Autarcas do PS.
Pedro Nuno Santos conta com os apoios da presidente das Mulheres Socialistas, Elza Pais, do secretário-geral da JS, Miguel Costa Matos, da autarca de Matosinhos e presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, Luísa Salgueiro, da líder da Associação Nacional de Autarcas do PS, Isilda Gomes, e do dirigente da UGT José Abraão.
Presidente da Federação do PS/Viseu já escolheu Pedro Nuno Santos
Do ponto de visita institucional, os apoios mais relevantes até agora recebidos por Pedro Nuno Santos são os do histórico socialista e membro do Conselho de Estado Manuel Alegre e do antigo eurodeputado e atual presidente do Conselho Económico e Social, Francisco Assis.
Na segunda-feira (dia 13), no lançamento da sua candidatura, na sede nacional do PS, rejeitou que o PS se divida entre uma ala centrista e moderada e uma ala de esquerda e radical.
“Esta discussão tem pouco sentido, alimenta conflitos artificiais e apenas serve a quem combate o PS. Na pluralidade que sempre existiu neste partido, o que está em causa não é uma disputa entre a moderação e o radicalismo”, sustentou.
Para Pedro Nuno Santos, nas eleições diretas de dezembro, “está em causa quem, num dado momento, está em melhores condições de unir o partido, é mais capaz de adequar os valores do PS a um dado contexto histórico, e é o melhor intérprete e executante do projeto de transformação do país de que o PS tem de ser o portador”.
Outro momento em que procurou demarcar-se da ideia de ser um socialista radical aconteceu quando se referiu à tradição industrial do seu concelho, São João da Madeira, no distrito de Aveiro, para elogiar a concertação e o diálogo.
“O setor do calçado foi sempre um dos maiores exemplos de concertação social, de acordos entre trabalhadores e empresários. Foi esta cultura de diálogo, de negociação e de concertação que me ajudou nos anos em que trabalhámos diariamente com os partidos que apoiavam o Governo do PS”, disse.