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Não posso adiar o ato de escrever. A poesia obriga a um certo trabalho metódico, não depende da chamada inspiração. E se não quero trair este apelo da minha mais remota adolescência pela poesia, devo empenhar-me nesses caminhos da floresta.
Passei o último fim-de-semana em Tondela. No domingo, houve eleições legislativas. Como não sou militante de nenhum partido, sou suficientemente livre para em cada momento eleitoral pensar e decidir. Às vezes, seduz-me o entusiasmo e a irreverência do PSR. Mas para além do lado romântico, há aspetos que para mim permanecem na sombra. Sobretudo na área económica: a denúncia do capitalismo e a defesa de uma associação livre de produtores. Mas há também um certo purismo ideológico, um ideal de perfeição social e coletiva, que me impõe alguma prudência e ceticismo. Temo que o desejo de perfeição determine uma prática totalitária. Até que ponto as sociedades não têm que comportar um certo grau de desordem, de excesso, de defeito? O ponto se calhar está em alcançar um equilíbrio sempre precário, complexo, entre os múltiplos polos que se confrontam e interagem numa sociedade. Mais uma vez a velha noção chinesa do yin e do yang. Assim, sou de opinião que é razoável defender a tese de um governo de maioria que durante quatro anos aplique o seu programa sempre numa dialética com os movimentos sociais, sindicais, partidários e numa sociedade aberta, democrática e plural.
Alimento-me de sol, sal e das cartas da Fátima. Agradece-me que frequente a casa dos pais, que lhes faça companhia ao jantar. Diz-me que é algo novo o ato de imaginar os três juntos todas as noites, que quase se vê também sentada à mesa, a partilhar da refeição. Conta-me que para os pais receber-me lhes enche a alma. Mas, depois de escrever sobre o quotidiano, guarda a parte substancial da carta para abordar outros assuntos. Do curso dela, das cadeiras finais que a estão a obrigar a um maior empenho para concluir o curso antes de se vir embora, e das outras leituras, sobretudo de poesia. Fala-me de Eugénio de Andrade, de Miguel Torga, da Sophia. Ah!, dos poemas desta última, escreve com uma expansão de alma que revela o seu encantamento.
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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