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O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, Fernando Ruas, anunciou que na última reunião foi decidido não indicar o nome que vai representar esta entidade na nova Unidade Local de Saúde (ULS) que entra em vigor a 1 de janeiro.
Segundo o também presidente da Câmara Municipal de Viseu, como “o diretor executivo do SNS [Serviço Nacional de Saúde] nunca esclareceu o plano de negócios destas ULS e nem nunca reuniu, como fez com outras, com a CIM para esclarecer dúvidas” existentes, a deliberação foi a de não indicar ninguém.
A Unidade Local de Saúde, a funcionar a partir do Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV), integra numa mesma entidade a gestão dos cuidados prestados pelos centros de saúde e pelo hospital.
“As ULS entram em vigor em 01 de janeiro [de 2024], mas nós não podemos nomear ninguém para representar a CIM se não sabemos que tipo de representação vai fazer. Então vou pedir a alguém para nos representar sem que lhe possa dizer o trabalho que vai fazer?”, apontou o autarca, dando como analogia um carro com um pneu em baixo. “Se vão com o carro assim, a decisão é de quem fez a escolha de fazer a viagem”, reforçou.
Aos jornalistas, Fernando Ruas disse que o SNS “quis lá um representante da CIM e percebe-se, mas têm de ser dadas as condições para saber para que tipo de representação é, para melhor escolher o representante”.
Questionado se não teme ficar de fora de decisões por ausência de representante, o autarca disse que “não, porque as decisões têm de ser públicas”. “Temeria mais se estivesse lá um representante, desconhecendo as suas funções, que tomasse algum tipo de decisão” desconhecida pelos autarcas da CIM, sustentou.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração do CHTV, a ULS engra em vigor na data prevista, embora tenha admitido que seria bom mais tempo para a transição.
“Nós estamos a preparar tudo o que é possível para que continuemos a assegurar os cuidados aos nossos doentes com a qualidade habitual. Gostaríamos de ter mais tempo para preparar esta transição, mas estamos a fazer o melhor que podemos”, disse Nuno Duarte que mantém-se à frente do Conselho de Administração do CHTV até à designação de um novo para a ULS .
Na semana passada, o PSD exigiu ao Governo que suspenda a entrada em vigor das novas ULS, pedindo ao executivo que se focasse nos problemas das urgências e não em “nomear ‘boys’” para estas estruturas.
“Há espaço numa sociedade democrática salutar para as divergências de linhas de orientação. Isso faz parte da democracia. Seria muito positivo que houvesse, pelo menos, coerência na revisão das profissões. O maior partido da oposição, o PSD, andou meses ou anos a reclamar que fossem generalizadas e agilizadas as unidades locais de saúde [ULS], agora que, a partir de janeiro o país todo vai ser organizado em unidades locais de saúde reclama que essa medida seja adiada”, respondeu, por seu lado, Manuel Pizarro, ministro da Saúde.