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Qual o ponto de situação da Linha da Beira Alta?
A linha foi dividida em quatro grandes troços e cada um corresponde a uma empreitada, a um contrato. Há um consórcio que está a trabalhar em cada um destes troços. Todos foram consignados em datas diferentes, os concursos foram sendo feitos de forma sequencial e, portanto, também estão neste momento em situações que são de alguma forma diferentes. No dia 9 de novembro fizemos a primeira marcha de ensaio, já eletrificada com catenária, entre Guarda e Celorico da Beira. Fizemo-lo para comprovar a situação da linha e este troço é aquele que está mais adiantado, porque já tem disponibilidade de via e catenária, não tem ainda sinalização porque é a última a entrar. Temos outros que estão mais ou menos em simultâneo e a apontar a reabertura para durante o primeiro semestre do próximo ano, que são o troço Pampilhosa-Santa Comba Dão e Mangualde-Celorico. O que está mais atrasado, porque também é o mais complicado, é o troço Santa Comba Dão-Mangualde, que só está previsto no final do primeiro semestre. A reabertura global da linha só acontecerá no final do primeiro semestre, podendo abrir antecipadamente, por exemplo, o troço Guarda-Mangualde.
No terreno, que trabalhos estão a ser feitos?
O que estamos a fazer são trabalhos de via, de catenária, instalação dos cabos de sinalização. Sendo que importa dizer que a sinalização é a última coisa a entrar. Os empreiteiros vão ter que disponibilizar os chamados caminhos de cabos, onde os cabos vão ser colocados e que depois permitem não só a sinalização das estações, como a sinalização entre estações para o tal aumento de capacidade com a ligação ao Centro de Comando Operacional (CCO). Neste momento, a Linha da Beira Alta está dependente do Centro de Comando Operacional de Lisboa e, com esta intervenção, passará para o Centro de Comando do Porto. Portanto, a Linha da Beira passará a ser comandada pelo CCO do Porto, assim como a concordância da Mealhada, que é a ligação direta da linha do Norte para a linha da Beira Alta. O que vai permitir que os comboios não tenham que ir à estação da Pampilhosa inverter a máquina e ir para a Beira Alta e assim fazem-no de uma forma direta vindo do Norte entram na Linha da Beira Alta. Também fizemos várias retificações de traçado, a melhoria quase integral da plataforma de via que era uma das coisas que estava com problemas e que era, provavelmente, uma das maiores causas dos afrouxamentos que a linha tinha. Fizemos também, mas isso tem a ver com as mercadorias, o aumento do comprimento útil das estações, para permitir que haja cruzamento de comboios com 750 metros e isso fez com que a maior parte das estações tivessem que ser intervencionadas, prolongando os cais, a sinalização e a plataforma, de maneira a que pudesse haver esse cruzamento.
(Para ler mais na edição impressa desta semana do Jornal do Centro)