Chama-se Lara o primeiro bebé a nascer em 2024 no Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) e um dos primeiros no país. Passavam poucos segundos da meia-noite quando veio ao mundo, dois dias depois da data prevista, com 48 centímetros e 2,495 quilos.
Apresentada pelos pais como uma “bebé calminha”, Lara é a primeira filha de Sílvia Figueiredo, de 35 anos, e Pedro Valentim, de 32. O casal é natural de São Romão, no concelho de Seia, e era lá que estava, em casa, quando a pequena Lara decidiu que estava na hora de nascer.
“Não queria que ela nascesse na passagem de ano, mas ela aguentou”, começa por contar entre sorrisos a mãe, já que a data prevista era 30 de dezembro. Em conversa com os jornalistas, Sílvia Figueiredo contou que a bebé nasceu de parto normal e que as primeiras horas foram “calmas”, apesar de algumas dores.
Ao lado de Sílvia e de olhos postos na pequena Lara estava o pai Pedro Valentim, que aproveitou para confidenciar que foram os Bombeiros Voluntários de São Romão, corporação de que faz parte, quem os trouxe até Viseu.
“Quando rebentaram as águas, liguei o 112, vieram os meus colegas dos Bombeiros de São Romão, foi feita a avaliação e viemos para o Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Demos entrada na urgência e a partir desse momento foi acompanhada”, recorda Pedro Valentim, que não quis deixar de lembrar os “excelentes profissionais que lá estavam, médios, enfermeiros e auxiliares”.
O pai da pequena Lara presenciou o parto e questionado como foi esse momento, a resposta foi rápida. “Assisti ao parto, é uma coisa que não sei explicar por palavras. É um momento único e só quem vive aquilo é pode saber o que se sente”, disse.
Já sobre o facto de ser bombeiro, Pedro Valentim não têm dúvidas que isso ajudou. “Ser bombeiro ajuda, porque temos formação sobre estas situações, estamos habituados a vários cenários. Torna-se mais fácil para mim e para os meus colegas bombeiros lidarmos com este tipo de situações”, finalizou.
Nascimentos estão a aumentar no hospital de Viseu
Durante o ano de 2023, nasceram no Hospital de Viseu 1804 bebés, mais 10 que em 2022 (1794). Os números deverão continuar a subir.
“A ideia que temos é que os nascimentos estão a aumentar, muito com base na população migrante. E tendo em conta que temos maternidades a encerrar, o que acontece é que estão a dirigir-se cada vez mais pessoas à maternidade de Viseu e, portanto, os nossos números vão aumentar”, disse aos jornalistas a enfermeira gestora na sala de partos do CHTV, Catarina Amaral.
Sobre o nascimento de Lara, e de este ter sido o primeiro bebé do ano na unidade de saúde, afirmou ser um “momento importante”.
“Para nós é importante ser o primeiro bebe do ano, mas nós tratamos todos os bebés como primeiros bebés, porque são o primeiro daquela família, são um elemento novo naquela família”, disse.
Catarina Amaral destacou ainda o trabalho de todos os profissionais envolvidos. “Pautamos os nossos cuidados pela excelência em termos de qualidade e segurança e, cada vez mais, queremos que seja uma experiência positiva para o casal, e é para isso que desempenhamos o nosso trabalho”, reforçou.
Já o enfermeiro gestor do serviço de obstetrícia e ginecologia do CHTV, João Gabriel, destacou que este é um momento marcante para qualquer profissional de saúde, sobretudo no arranque de um novo ano. “É uma boa forma de começar o ano, de vivenciar a vida”, disse.
