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É em Penedono onde a ausência prolongada de professores é mais elevada

 É em Penedono onde a ausência prolongada de professores é mais elevada
30.01.24
fotografia: Jornal do Centro
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 É em Penedono onde a ausência prolongada de professores é mais elevada
05.02.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 É em Penedono onde a ausência prolongada de professores é mais elevada

O concelho de Penedono tem a maior incidência de professores com faltas de longa duração na região de Viseu, revela um estudo divulgado esta semana pela Edulog.

A investigação “A realidade demográfica e laboral dos professores do ensino público em Portugal 2016/2017 – 2020/2021” revela que Penedono é um dos concelhos que, a nível nacional, regista uma maior percentagem de professores com ausências de longa duração, com uma taxa que supera os 18 por cento.

De acordo com o documento que analisou o absentismo da classe professora durante cinco anos, as faltas de longa duração consistem em ausências prolongadas com duração superior a 30 dias e que podiam obrigar à substituição do docente.

No Agrupamento de Escolas Álvaro Coutinho, o único agrupamento existente em Penedono, o número de professores era de 46 no último ano letivo analisado (2020/21). Neste estabelecimento, foram contabilizados um total de 557 dias de falta.

Ao todo, na região de Viseu, e no mesmo período, somam-se 96 576 dias de falta por parte de professores, de acordo com os dados da Edulog.

Grande parte das ausências provêm dos professores com idades mais avançadas: só em Viseu Dão Lafões, 38,57% das faltas de longa duração são de docentes entre os 51 e os 60 anos e 44,35% vêm de professores com mais de 60 anos.

A maioria das faltas resulta de situações de saúde, nomeadamente doença continuada (44 670 dias em Viseu Dão Lafões) e doença pontual (16 869 dias). As restantes faltas são justificadas por férias (3 132 dias), apoio familiar (1 165 dias) e outros motivos (3 072 dias).

Com incidências entre os 12 e os 18 por cento de faltas de longa duração, estão os concelhos de Moimenta da Beira, Nelas, Resende e Sátão. Grande parte da região, incluindo Viseu, está no intervalo dos 6% aos 12%.

Por fim, com menos de 6% de incidência de faltas, aparecem Armamar, São João da Pesqueira, Castro Daire, Vila Nova de Paiva, Sernancelhe e Aguiar da Beira.

O estudo da Edulog também analisou a caraterização da classe docente. Viseu é o concelho com mais professores em toda a região com 1 576 docentes nas escolas públicas. Em segundo lugar está Lamego, com 363 professores, e em terceiro Tondela, com 324. Também as cidades com maior população.

Os concelhos de Cinfães, Castro Daire, São Pedro do Sul, Moimenta da Beira, Sátão, Santa Comba Dão, Nelas e Mangualde têm entre 150 e 300 professores. Os restantes municípios da região estão no limiar mais baixo (menos de 150 profissionais).

É preciso olhar para a idade dos professores, diz sindicato
Em resposta a este estudo, Francisco Almeida, do Sindicato dos Professores da Região Centro, diz que os dados divulgados precisam de ser contextualizados. “Estes números revelam uma taxa de absentismo dos professores na ordem dos 4%, mas o absentismo geral, em todas as profissões, em Portugal situa-se nos 5%. Portanto, este número não tem nada de extraordinário. É certo que causa um certo alarme e preocupação às pessoas, o que é natural, mas é preciso contextualizar”, explica.

O porta-voz acrescenta que, nesses números, estão pessoas “que nunca mais trabalharam porque têm problemas de saúde que não lhes permitem ter uma turma” e não vão voltar.

Francisco Almeida lembra que esta é uma classe profissional envelhecida e diz que não é possível manter esta situação por muito mais tempo “com professores de 66 ou mais anos à frente de uma turma que pode ir até aos 30 alunos”. “É mau para os professores, mas em primeiro lugar para os alunos e para as famílias”, vinca.

Sobre a situação em Penedono, o sindicalista lembra que a maioria dos professores desloca-se de Viseu todos os dias e que alguns “já não conseguem fazer isso”. Recorda também que os sindicatos já fizeram chegar propostas ao Ministério da Educação e têm alertado a tutela para esta situação há muito tempo.

Francisco Almeida defende a redução da idade da reforma dos professores, considerando que esta é uma profissão “que não se consegue exercer aos 66 anos de idade” e também reivindica a renovação do quadro docente com a entrada de professores mais jovens.

Professores faltam cerca de dois milhões de dias por ano
Segundo o estudo da Edulog, o think tank para a educação da Fundação Belmiro de Azevedo, os docentes do ensino obrigatório faltam cerca de dois milhões de dias por ano, segundo um estudo que mostra que todos os dias faltam, em média, onze mil docentes nas escolas, afetando cinco mil turmas.

Em média, 11 mil docentes faltam diariamente ao trabalho e essa ausência significa que, todos os dias, cinco mil turmas são afetadas pela falta de, pelo menos, um professor.

Apesar da grandeza dos números, a grande maioria dos professores nunca falta ou falta menos de 10 dias por ano e por isso “nem é justa a ideia de imaginar que as escolas ficam abandonadas”, lê-se no estudo.

A coordenadora Isabel Flores acrescenta que os níveis de absentismo entre os professores das escolas públicas são semelhantes aos das restantes classes da Administração Pública. Entre 30% e 40% dos professores nunca faltam e outros 50% faltam menos de dez dias por ano, havendo um grupo de 10% que é responsável por 80% dos dias de faltas.

Os investigadores fizeram também um retrato mais alargado dos professores: quem são, que tipo de contratos os liga às escolas, como são os seus horários e quais as disciplinas que lecionam.

O retrato é o de uma classe envelhecida e mais concentrada no litoral do país. No ano letivo de 2020/2021, a média de idades dos professores era de 51 anos, sendo que 19% já tinha mais de 60 anos.

Nas escolas, há cada vez menos alunos e mais professores. Ao longo dos cinco anos em análise verificou-se um aumento de professores contratados que foi equivalente à redução de efetivos.

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