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Tribunal decreta valor que família de piloto de Viseu vai receber

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 Tribunal decreta valor que família de piloto de Viseu vai receber
08.02.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Tribunal decreta valor que família de piloto de Viseu vai receber
21.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
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 Tribunal decreta valor que família de piloto de Viseu vai receber

A viúva e o filho do piloto de Viseu que morreu em dezembro de 2018 vão receber uma indemnização de 595 mil euros, mais de cinco anos depois do acidente que vitimou João Lima. A decisão é do Tribunal da Relação do Porto, que aumentou o valor que duas seguradoras terão de pagar aos familiares.

Mesmo assim, a viúva e o filho vão receber menos do que tinham exigido às seguradoras. Segundo o Jornal de Notícias, os dois pediram uma indemnização de mais de 1,5 milhões de euros, dos quais 100 mil pelos danos morais, 150 mil pela morte da vítima, 80 mil pelo sofrimento e 1,1 milhões por danos patrimoniais.

O tribunal cível de primeira instância julgou a ação parcialmente procedente e condenou as rés a pagarem 40 e 30 mil euros à viúva e ao filho, respetivamente, acrescidos de 100 mil euros pela perda da vida e 20 mil euros pelo sofrimento da vítima.

Contudo, por considerarem os valores “reduzidos e manifestamente insuficientes tendo em conta a forma violenta como perderam, respetivamente, o marido e o pai”, os familiares recorreram e contestaram também a recusa de indemnização pelos rendimentos que a vítima poderia ter auferido no resto da vida.

O Tribunal considerou que ambos já auferiam “uma pensão de sobrevivência”, uma vez que, no processo por acidente de trabalho, a viúva ficou com uma pensão anual e vitalícia de 17 mil euros. Já o filho recebe uma pensão anual temporária de 11 mil euros.

Entretanto, a Relação do Porto aumentou-lhes a indemnização global, dando aos familiares o valor de 405 mil euros, mais juros, por danos patrimoniais futuros.

João Lima morreu a 15 de dezembro de 2018, depois de um helicóptero do INEM que pilotava se ter despenhado na Serra de Santa Justa, em Valongo, após colidir com uma torre de radiodifusão. O aparelho regressava à sua base de origem em Macedo de Cavaleiros, após realizar o transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto.

No acidente, além do piloto natural de Viseu, que tinha 56 anos, também morreram o copiloto Luís Rosindo, de 31, o médico Luís Vega, de 47, e a enfermeira Daniela Silva, de 34 anos.

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