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A candidatura do Bloco de Esquerda às legislativas em Viseu percorreu esta semana o centro histórico da cidade, onde colocou cartazes em casas abandonadas e degradadas. Com esta ação, o partido quis sensibilizar para o direito à habitação.
“Aqui podia morar gente” e “Tanta gente sem casa, tanta casa sem gente” estão entre as mensagens inscritas nos posters que o Bloco afixou nos imóveis devolutos.
O cabeça de lista do Bloco, José Miguel Lopes, diz que há falta de oferta no distrito e defende o reforço da habitação pública. O candidato recorda que, entre 2018 e 2022, as rendas em Viseu “aumentaram 54% nos novos contratos”.
“Existem em Viseu Viseu tem mais casas vazias do que habitação pública, diz plataforma Já Marchavas ou cooperativas, cinco vezes mais. As habitações vazias em Viseu são mais de 3400 e isso não conta com as habitações degradadas que podemos visitar. É importante uma ação pública para construir mais habitação pública e para recuperar a que já existe”, explica.
José Miguel Lopes lembra ainda que a habitação pública no distrito de Viseu não passa dos 2% do total da oferta e diz que é urgente adotar mais medidas.
Entre elas, propõe, está a imposição de tetos máximos às rendas “por tipologia e por área”, a redução das taxas de juro através da Caixa Geral de Depósitos e dedicar 25% da nova construção a casas com custos controlados.
O cabeça de lista foi acompanhado por Vasco Barata, porta-voz da associação Chão das Lutas. Segundo este ativista, nesta iniciativa foram identificados imóveis devolutos que podiam “servir para que as pessoas pudessem imediatamente ocupar e viver na cidade, vivendo no centro da cidade, não sendo empurradas constantemente para fora dos centros urbanos”.
Vasco Barata diz ainda que é necessário adotar uma política pública de habitação que, a seu ver, Portugal esqueceu desde o 25 de Abril de 1974. “Criamos os serviços públicos de que tanto nos orgulhamos como a escola pública, a segurança social, o SNS, mas infelizmente esquecemos aquilo que é o primeiro direito essencial, que é as pessoas saberem que podem contar com uma casa onde viver”, acrescenta.