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Jorge Marques
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Pedro Baila Antunes
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Joaquim Alexandre Rodrigues
Nos últimos anos, assistimos ao aparecimento de várias doenças infeciosas como o Ébola, o Zika e a COVID-19 que causaram perturbações significativas em todo o mundo, tendo a última colocado a Humanidade em suspenso durante mais de dois anos. Estes surtos levaram os cientistas e investigadores a concentrarem-se no estudo, prevenção e combate às doenças conhecidas. No entanto, a comunidade científica, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e os dirigentes mundiais, consideram que a próxima ameaça global está à espreita e já tem nome: Doença X.
A Doença X não é uma doença real, mas sim um termo hipotético criado pela OMS para representar o potencial surto de uma doença desconhecida com transmissão global rápida e grave, levando a consequências 20 vezes piores que a COVID-19. Essencialmente, a Doença X é um espaço reservado para futuras doenças que têm o potencial de desencadear uma pandemia global. Em fevereiro de 2018, a Doença X foi incluída na lista atualizada da OMS de doenças para as quais o investimento em investigação e desenvolvimento deve ser uma prioridade internacional.
A Doença X serve para nos lembrar que a luta contra as doenças infeciosas é uma batalha contínua e que o estado de preparação deve ser uma constante. Tal como em surtos anteriores, doenças novas e desconhecidas podem surgir de fontes inesperadas, como animais, insetos ou mesmo alterações ambientais. Os cientistas acreditam que a Doença X pode ter origem em fontes zoonóticas, em que as doenças são transferidas entre animais e humanos. Factores como o aumento do contacto entre humanos e animais selvagens, a desflorestação e a intensificação da agricultura aumentam o risco de exposição a agentes patogénicos causadores de doenças (analisado anteriormente por mim neste Jornal).
Preparar-nos para uma ameaça desconhecida é uma tarefa desafiadora, mas não impossível. Após a devastação causada por surtos anteriores, particularmente a COVID-19, as organizações mundiais de saúde e as instituições de investigação tomaram medidas importantes para melhorar os sistemas de vigilância e resposta às doenças. Os investigadores estão ativamente focados no estudo de potenciais agentes patogénicos, dos seus padrões de transmissão e no desenvolvimento de tratamentos e vacinas inovadores. A comunidade científica adotou uma abordagem proactiva, realizando exercícios e simulações para se preparar para futuras pandemias. As lições de surtos anteriores criaram uma base para uma resposta rápida e estratégias dinâmicas.
Como indivíduos, desempenhamos um papel igualmente importante na prevenção da propagação de doenças infeciosas, incluindo a Doença X. Práticas simples como manter uma boa higiene pessoal, lavar as mãos regularmente e seguir práticas alimentares higiénicas podem reduzir significativamente o risco de contrair e propagar doenças. Outra prática importante, é a da utilização e eliminação responsável de antibióticos que são responsáveis pela emergência de superbactérias resistentes a antibióticos que alguns cientistas consideram ser um dos maiores riscos para pandemias futuras (igualmente analisado por mim neste Jornal). Além disso, os governos e as autoridades de saúde devem investir em infraestruturas de saúde robustas, promover a investigação científica e apoiar tecnologias inovadoras de uma fora concertada a nível internacional. A deteção precoce, os sistemas de resposta eficientes e o financiamento adequado da investigação e do desenvolvimento de vacinas são cruciais para combater futuras epidemias. Embora possamos não ter todas as respostas sobre a Doença X, devemos permanecer vigilantes e aprender com as experiências passadas. Seja daqui a 10 anos ou daqui a 20, não conseguimos prever, mas uma coisa é certa: vamos ter uma nova pandemia no futuro e é nosso dever estar preparados quando esta chegar.
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Jorge Marques
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Pedro Baila Antunes
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Maria Duarte - Era Viseu Viriato
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Teresa Machado