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Felisberto Figueiredo
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As importações diminuíram 4,1% em 2023 face a 2022, tendo o défice da balança comercial recuado 3.727 milhões de euros para 27.356 milhões, uma vez que as exportações também 1,0 por cento de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em 2022, as exportações tinham aumentado 23,2% em termos homólogos, enquanto as importações tinham subido 31,7%.
Segundo os primeiros resultados do ano de 2023 avançados pelo INE, o défice da balança comercial atingiu 27.356 milhões de euros em 2023, o que representa uma diminuição de 3.727 milhões de euros face ao ano anterior e um acréscimo de 2,3 pontos percentuais na taxa de cobertura, para 73,9%.
Excluindo combustíveis e lubrificantes, as exportações e as importações aumentaram 1,0% e 1,6%, respetivamente, em 2023 (+19,7% e +23,7% em 2022, pela mesma ordem), tendo o défice da balança comercial atingido 20.300 milhões de euros, mais 800 milhões face a 2022.
No total do ano de 2023, face ao ano anterior, destacaram-se os decréscimos nas exportações de “fornecimentos industriais” (-6,1%; -1.621 milhões de euros) e de “combustíveis e lubrificantes” (-22,8%; -1.483 milhões de euros).
Em sentido contrário, o INE salienta os aumentos de 7,3% no “material de transporte” (+923 milhões de euros) e de 6,9% nas “máquinas e outros bens de capital” (+754 milhões de euros).
No ano passado, comparando com 2022, os “combustíveis e lubrificantes” (-33,2%; -6.010 milhões de euros) assumiram-se como a categoria com maior peso no decréscimo global das importações, seguindo-se os “fornecimentos industriais”, com uma descida de 8,0% (-2.667 milhões de euros).
No acumulado do ano 2023, destaca-se o decréscimo das exportações para Espanha (-2,7%; -554 milhões de euros) e, em sentido contrário, o aumento das transações para França (+4,4%; +422 milhões de euros).
Já em relação às importações, salienta-se o decréscimo de 35,6% nas transações com os Estados Unidos (-1.248 milhões de euros).
Considerando apenas o mês de dezembro de 2023, as exportações de bens aumentaram 0,3% e as importações caíram 5,9% em termos nominais e homólogos (-1,9% e -7,9%, pela mesma ordem, em novembro de 2023).
No último mês do ano passado, destacou-se o acréscimo nas exportações de “fornecimentos industriais” (+5,2%), em particular nos “medicamentos”.
Nas importações, o INE realça os decréscimos nas importações de “fornecimentos industriais” (-12,8%) e de “combustíveis e lubrificantes” (-16,5%), resultante, neste último caso, das diminuições em volume (-21,9%) e em valor (-60,7%) do gás natural, refletindo, sobretudo, a descida do preço deste produto (-49,7%).
Excluindo combustíveis e lubrificantes, em dezembro de 2023 registou-se um acréscimo de 0,8% nas exportações e um decréscimo de 4,4% nas importações (-1,0% e -3,1%, respetivamente, em novembro de 2023).
No mês em análise, os índices de valor unitário (preços) registaram variações de -3,0% nas exportações e -7,1% nas importações (-3,5% e -6,6%, respetivamente, em novembro de 2023; +9,7% e +12,2% em dezembro de 2022). Excluindo produtos petrolíferos, registaram-se decréscimos de 1,7% nas exportações e de 4,5% nas importações (-2,4% e -4,5%, respetivamente, em novembro de 2023; +8,4% e +9,1% em dezembro de 2022).
Relativamente ao mês anterior, em dezembro de 2023 as exportações e as importações diminuíram, respetivamente, 17,3% e 9,1% (+8,6% e -4,8%, pela mesma ordem).
Em dezembro, o défice da balança comercial diminuiu 533 milhões de euros, em termos homólogos, atingindo 2.325 milhões de euros.
Os combustíveis e lubrificantes representaram 20,3% do défice da balança comercial em dezembro (22,3% em novembro de 2023; 22,1% em dezembro de 2022). Expurgado deste efeito, o défice comercial diminuiu 375 milhões em termos homólogos e aumentou 355 milhões em relação ao mês anterior, totalizando 1.852 milhões de euros.
Em dezembro de 2023, e tendo em conta os principais países parceiros em 2022, salienta-se o aumento das exportações para os Estados Unidos (+118,8%), sobretudo de “fornecimentos Industriais”, nomeadamente “medicamentos”.
No que diz respeito às importações, o INE aponta os decréscimos da Alemanha (-15,1%), com destaque para o “material de transporte”, maioritariamente “aviões”, dos Estados Unidos (-48,7%) e de Espanha (-4,3%), em grande medida devido ao gás natural, e da Nigéria (-61,1%), devido à importação de óleos brutos de petróleo.
Legenda:
1-Animais vivos e produtos do reino animal;
2-Máquinas e aparelhos, material elétrico, e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios;
3- Metais comuns e suas obras;
4- Plástico e suas obras; borracha e suas obras;
5- Produtos das indústrias alimentares; bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres; tabaco e seus sucedâneos manufaturados; produtos, mesmo contendo nicotina, destinados à inalação sem combustão; outros produtos que contenham nicotina destinados à absorção da nicotina pelo corpo humano.