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Márcia Passos
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Marco Ramos
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Pedro Escada
“Dia 10 vota contra o racismo” é a frase que se lê nas dezenas de cartazes que foram espalhados pela cidade de Viseu esta tarde fria de sábado, numa chamada de atenção contra o racismo, a xenofobia e o fascismo, convocadas por um conjunto de 64 coletivos que reclama um país e um mundo mais inclusivos e interculturais.
Em Viseu, um grupo de ativistas e outros apoiantes da causa juntaram-se para deixar a mensagem em alguns pontos da cidade para que “não se esqueça” a discriminação que atravessa tantos setores, desde as escolas à vida política, desde a etnia à identidade de género.
“Numa altura em que o racismo, a xenofobia e a extrema-direita ganham terreno, não só em Portugal como em toda a Europa e a nível mundial, é urgente sair à rua e mostrar a nossa força para exigir propostas e ações significativas, concretas e eficazes para combater o racismo estrutural e institucional patente na sociedade portuguesa”, lê-se no texto disponível ‘online’. E assinado pelas várias plataformas nacionais.
Os organizadores justificam a iniciativa como forma de mostrar que não se conformam com a indiferença, a inércia e o desrespeito pelas conquistas do 25 de Abril, “de tantas pessoas que deram a sua vida para deixar para trás a ditadura que a extrema-direita quer recuperar”.
“A liberdade e a igualdade são os valores que nos movem na defesa da democracia! O silêncio das instituições e? cu?mplice. Na?o o acompanharemos nem o legitimaremos!”, referem.
Sobre esse silêncio, explicam que no dia 27 de janeiro enviaram uma carta aberta a várias entidades públicas, assinada por 8.474 pessoas, que pedia que fosse proibida a marcha de movimentos de extrema-direita contra a alegada islamização da Europa, e que aconteceu em 03 de fevereiro.
“A carta não obteve resposta de nenhuma das entidades destinatárias, revelando um desprezo total pelo apelo feito, abrindo caminho para a prática de crimes pelas ruas de Lisboa, testemunhados por um país inteiro, sem que as autoridades fizessem cumprir a lei”, criticam.
Defendem, por isso, que “é urgente” que todas as forças políticas democráticas assumam publicamente compromissos muito claros para combater o racismo, a xenofobia e a islamofobia.