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A Câmara de Tondela quer incluir as construções de pedra seca da Serra do Caramulo num consórcio europeu que junta os países onde este tipo de arte está presente.
A intenção foi anunciada no último fim de semana na apresentação do projeto de candidatura ao Inventário Nacional de Património Imaterial, que ocorreu no Centro de Estudos e Interpretação da Serra do Caramulo.
A autarquia ambiciona ver integradas as construções na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO. A ideia passa por requerer junto dos países que a integram, após a aprovação das candidaturas a Portugal e à UNESCO, a sua inclusão no consórcio europeu.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente da Câmara e vereador da Cultura, João Carlos Figueiredo. O autarca explicou que a apresentação e a sua inclusão no Património Cultural Imaterial representa o primeiro passo para esta arte ser depois incluída na lista de construções de pedra seca classificadas pela UNESCO inicialmente em 2018.
Na altura, a candidatura da “Arte de construções de pedra seca, conhecimentos e técnicas” à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade juntou o Chipre, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Itália e Suíça.
A autarquia de Tondela também quer organizar um congresso internacional sobre a arte das construções de pedra seca e os seus conhecimentos e técnicas e para o qual convidará cada um dos países que integram o consórcio europeu.
A Câmara compromete-se ainda a desenvolver um plano estratégico de promoção e valorização do território “que cruze o património natural, com o material, o imaterial e o humano e que se constitui como uma salvaguarda desta importante atividade”.
A pedra seca do Caramulo é a terceira candidatura apresentada pelo município de Tondela ao Património Cultural Imaterial, depois de ter lançado os processos da Festa das Cruzes e de fabrico do barro negro de Molelos. Projetos que estão ainda em fase de análise.
As construções de pedra seca no Caramulo, muitas delas centenárias, são uma marca identitária daquela zona e podem ser vistos nos muros que delimitam terrenos agrícolas, palheiros, espigueiros, levadas, caleiros e casas nos centros das aldeias. Trata-se de construções de pedra justaposta colocadas sem recurso a quaisquer elementos de ligação, recorrendo apenas a pedra local.