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Oito mulheres, várias tertúlias e a certeza de que ”há ainda muito para aprender”

 Oito mulheres, várias tertúlias e a certeza de que ''há ainda muito para aprender''
09.03.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Oito mulheres, várias tertúlias e a certeza de que ''há ainda muito para aprender''
25.10.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Oito mulheres, várias tertúlias e a certeza de que ''há ainda muito para aprender''

J á lá vão mais de uma dúzia de encontros e muitos outros estão ainda por realizar. Desde 1 de outubro de 2022 que, uma vez por mês, um grupo de mulheres se junta para debater temas da atualidade, conhecer a região ou, simplesmente, conviver. São mulheres acima dos 50 anos, umas desempregadas, outras ainda no mercado de trabalho, residentes nas freguesias de Lordosa e de Abraveses, no concelho de Viseu. A ideia é simples: não ficarem paradas, sentirem-se ativas e partilharem conhecimentos, competências e opiniões.

Quando começaram eram quatro, atualmente são oito e têm nestes encontros a certeza de que “há ainda muito para a aprender”.

“O grupo surgiu de forma muito simples e pela vontade que tínhamos em partilhar as nossas competências e opiniões. Juntámos algumas pessoas conhecidas, vizinhas e criámos o grupo a que demos o nome de 1 de outubro, o dia da sua criação”, começa por explicar Marie Françoise Royer Cruz, uma das participantes e cofundadora do grupo. A ela juntam-se Yane Rodriguez, Maria Arlete Silva, Lígia Loureiro, Lúcia Pereira, Rosa Loureiro, Ana Paula Simões e Fernanda Almeida.

As tertúlias acontecem na casa destas mulheres, mas quando o tema pode gerar interesse de mais pessoas o grupo muda-se para espaços públicos como a Junta de Freguesia de Lordosa ou o Instituto Piaget. Nas sessões já foram abordados temas como a realidade demográfica da região de Viseu e do país, o estatuto das mulheres no Irão, a importância do yoga na terceira idade ou a problemática da violência contra as mulheres.

“Quando as tertúlias são entre nós, preparamo-nos, lemos muito e tentamos recolher o máximo de informação sobre o tema para que depois possamos falar e debater. Estes encontros também nos obrigam a procurar saber mais e isso é muito positivo porque nos obriga a estudar pois não queremos chegar de mãos a abanar”, frisa, acrescentando em jeito de brincadeira que “às vezes cria tensão entre as reformadas e as não reformadas, porque as mulheres que ainda trabalham têm que conciliar a profissão, a família, o grupo e, por vezes, sentem-se mal porque não têm tanto tempo para se preparar. Mas nada que não se resolva”, atira entre sorrisos. Para Françoise Cruz, estes encontros têm possibilitado a estas mulheres, sobretudo as que já não estão no mercado de trabalho, criarem “novas metas e novos desafios”. “Sermos reformadas não é sinónimo de ausentes, passivas, desinteressadas, incapazes ou arrumadas. Ainda não colocámos um ponto final ao contributo que podemos e queremos continuar a dar à comunidade e à sociedade em geral”, esclareceu.

Quando o projeto nasceu, o objetivo era “convidar com regularidade pessoas de quem ouvimos falar e que pudessem partilhar connosco coisas novas e que não conhecêssemos”, acrescenta Françoise Cruz. Foi com este propósito que por lá já passaram nomes como Lúcia Silva, que deu a conhecer o papel de uma deputada da Assembleia da República ou Cristina Brasete, que contou como foi ser vereadora na Câmara Municipal de Viseu.

Além do debate e troca de ideias, o grupo já realizou passeios pela região, que foram de uma viagem cultural a uma experiência numa quinta do Dão ou o tradicional jantar de Natal. “O grupo trouxe-nos muitas oportunidades de convívio. Quando nos reformamos ficamos um pouco afastadas de alguns contactos e estes encontros vieram mudar muita coisa. No meu caso, tive uma vida que não me deixava muito tempo livre para lazer ou para conviver. Desde que o grupo começou já conheci mais gente, que inclusive é minha vizinha, do que ao longo destes anos e está a ser muito bom conhecê-las”, conta. Ahh! E no final dos encontros, sobretudo naqueles que são feitos em casa das participantes, “há um lanche para fechar os momentos de grande felicidade que estas tertúlias dão”.

Encontro a 16 de março vai homenagear várias mulheres
E se todos os encontros têm sido especiais, o deste mês de março, marcado para dia 16, vai ser “ainda melhor”. Não haverá um tema, nem debate, mas sim homenagens a cerca de 15 mulheres (no momento em que escrevemos esta peça, a lista ainda não estava totalmente fechada). A ideia nasceu em outubro último e vai destacar mulheres nas mais diferentes áreas.

“A ideia era homenagear mulheres mais velhas e mais jovens. As mais velhas por se terem destacado de alguma forma ao longo da vida, pessoas que tiveram papéis relevantes e que fazem e fizeram a diferença na sociedade onde estão inseridas e as mais novas para as valorizarmos e incentivarmos a continuarem a ser mulheres empreendedoras e que também fazem a diferença”, explica Françoise.

São mulheres que “podem ser simples domésticas, mas que marcam pela diferença na sua comunidade, pessoas que fazem investigação cientifica, pessoas de destaque no desporto, nas artes, no associativismo ou na área social”. Quando a ideia surgiu, o grupo pediu “ajuda” às freguesias do concelho de Viseu para que pudessem indicar alguns nomes. “Infelizmente, não teve a adesão esperada, apesar de as juntas terem parabenizado e valorizado a ideia. Ainda assim, algumas deram nomes e nós acabámos por também indicar alguns de mulheres que conhecemos ou que sabemos que tiveram um papel importante na sociedade”, explicou. O encontro de dia 16 de março realiza-se no Instituto Piaget de Viseu.

E quando questionamos se continua a fazer sentido falar no papel da mulher e na sua representatividade na sociedade, Françoise admite que “sim”. “Temos que continuar a falar no papel da mulher e valorizá-lo. Ainda estamos numa sociedade em que as mulheres têm mais dificuldades do que os homens em afirmar-se. Já começa a haver uma consciência, mas nem nas empresas, nem no mundo político, não há a presença em pé de igualdade. A mulher afirmou-se cada vez mais, sobretudo pelos seus estudos, mas não é uma questão de formação, mas sim de estrutura da sociedade e que leva algum tempo a mudar”, disse.

 Oito mulheres, várias tertúlias e a certeza de que ''há ainda muito para aprender''

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