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Rui Gomes já não é treinador do Mortágua. O homem que liderou o clube nas últimas três épocas – e alguns jogos de outra – deixa a equipa no Campeonato de Portugal, após duas manutenções nos campeonatos nacionais, aos quais se junta uma Divisão de Honra e uma Taça Sócios de Mérito.
“Não continuei no Mortágua por decisão própria. Foi uma decisão pessoal baseada em motivos pessoais, mas também desportivos”, começa por dizer Rui Gomes ao Jornal do Centro. O agora ex-treinador do Mortágua lembra que “nos últimos três anos conseguimos ganhar um campeonato distrital e uma taça e garantir duas manutenções”.
“Tendo em conta o nível competitivo e os adversários que temos apanhado no Campeonato de Portugal, percebi que, desportivamente, pelo menos para mim, será difícil elevar mais algum patamar no Mortágua. Não digo subir de divisão, mas até lutar por lugares mais acima na tabela. E não é porque o clube não quer. É o contexto. O contexto geográfico, financeiro, condições que o clube tem comparativamente com outros. Desportivamente, o potencial máximo foi atingido e daí a não continuidade”, justifica o técnico.
Numa análise ao que foi ganho, Rui Gomes frisa que na memória fica “a marca de uma equipa que tentou sempre jogar bem”. “Conquistámos coisas boas para o clube, títulos, manutenções, mas acima de tudo, cativou pessoas. Fizemos com que o público aumentasse em Mortágua. E isso foi visível. Trazer mais gente ao estádio foi, sem dúvida, um dos nossos grandes feitos”, explica.
Para o futuro, Rui Gomes diz esperar que a passagem pelo Mortágua seja sempre lembrada com uma “imagem positiva”. “Espero sempre que olhem para este treinador como alguém que sempre quis que a equipa jogasse bem, ganhasse. E que olhem para o Rui como estando ao nível dos melhores que, até hoje, treinaram o Mortágua”, sublinha.
Em declarações ao Jornal do Centro, horas depois de ser anunciada a saída do Mortágua, Rui Gomes garante que, neste momento, “não há absolutamente nada” no que diz respeito a propostas para novos desafios profissionais. “Saí sem outros clubes pelo meio”, assegura.
Ao Jornal do Centro, há duas semanas, o ”Se sair do Mortágua, a bancada terá sempre uma cadeira azul e amarela para eu me sentar” a hipótese de não continuar no comando técnico da equipa mortaguense. Não assumindo qualquer cenário – de permanência ou de saída – o técnico disse que era um assunto ainda a tratar nos dias seguintes. Agora confirmou-se o cenário da saída do clube.
Numa publicação nas redes sociais, o treinador despediu-se do Mortágua, agradecendo aos vários intervenientes que com ele partilharam a passagem pelo clube. “Termina hoje algo que nunca julguei que fosse começar. Mas foi maravilhoso. Obrigado Mortágua Futebol Clube! Obrigado aos sócios e adeptos. Obrigado a toda a estrutura diretiva. Obrigado a todo o staff clínico. Muito obrigado a todos os elementos das equipas técnicas. Muitíssimo obrigado aos que realmente foram o expoente máximo do sucesso: os jogadores. A via é hoje, e o futuro será o que o futuro quiser”, escreveu Rui Gomes.
Recuperando uma expressão usada pelo agora antigo treinador nessa entrevista, o Mortágua já veio garantir que “a bancada terá sempre uma cadeira azul e amarela reservada”. A nota oficial publicada nas redes sociais do Mortágua Futebol Clube termina com um “Obrigado, Mister”. Em jeito de despedida, o clube do sul do distrito de Viseu lembra que Rui Gomes “chegou num contexto de extrema dificuldade e, a partir daí, começou a escrever história no Mortágua Futebol Clubes”.
Depois, e ainda na nota, pode ler-se o que Rui Gomes venceu no Mortágua: campeonato da Divisão de Honra 2021/2022, Taça Sócios de Mérito 202/2022 e duas manutenções no Campeonato de Portugal (2022/23 e 2023/24). Escreve o Mortágua que “aliadas a estas importantes conquistas, destaca-se a valorização do clube de jogadores no panorama nacional”. “A dedicação, o rigor e a forma de estar no futebol são marcas que nunca serão apagadas da nossa história”, sublinha o Mortágua.