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O Turismo do Centro defende a transformação do IP3, estrada que liga Viseu a Coimbra, numa autoestrada e apela ao Governo para que invista nas acessibilidades da região. O repto foi deixado esta quarta-feira (15 de maio), em resposta à decisão da localização do novo aeroporto que ficará em Alcochete.
Em comunicado, a entidade turística lembra que, na rede viária, “é prioritário” avançar com a intervenção no IP3. A estrada deverá passar por obras de requalificação no troço entre Santa Comba Dão e Viseu, num investimento de 130 milhões de euros anunciado pelo anterior executivo e com arranque previsto para este ano.
Sobre essa intervenção, o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, lamentou em julho do ano passado que Câmara de Viseu sai desolada de reunião com o Governo sobre o IP3. A conclusão das intervenções no IP3 está prevista para o início de 2028.
Ainda nas estradas, o Turismo do Centro lembra ainda o projeto do IC31, entre a A23 e Espanha, via Monfortinho, e reivindica o alargamento da rede de carregamento para veículos elétricos na região, além do aumento da oferta de transportes públicos.
A entidade regional também recorda a ferrovia, reiterando que o Centro é uma região “mal servida” pelas linhas de comboio. Prova disso, dizem, são as obras na Linha da Beira Alta “que se eternizaram e são um exemplo paradigmático desta realidade incontornável”. Os trabalhos no corredor que passa pelo distrito de Viseu deverão terminar no final do primeiro semestre deste ano.
“Um visitante que pretenda percorrer a região por ferrovia não o consegue fazer de forma aceitável. A aposta na mobilidade suave, com reforço da linha ferroviária, é essencial”, considera o Turismo do Centro.
Em comunicado, a entidade diz que a região e as suas populações “têm razões legítimas para se se sentirem apreensivos” em relação às acessibilidades e destaca que é preciso “encarar com seriedade” o assunto, sublinhando que é “fundamental para o desenvolvimento” da zona Centro no turismo e noutros setores como a indústria e a agricultura.
“São investimentos prioritários e que o país precisa de realizar, sob pena de as assimetrias regionais se agravarem. Estamos certos de que o Centro de Portugal, quem aqui vive, trabalha ou visita, não merece menos do que isto”, acrescenta.
Sobre a decisão de situar o novo aeroporto em Alcochete, anunciada pelo Governo, o Turismo do Centro fala de uma “decisão já esperada” e recorda que a solução de Santarém seria a mais adequada para a coesão territorial, considerando que serviria não só Lisboa como também o resto do país. Lamenta ainda que o Centro continue a ser “a única região do país que não é servida por um aeroporto”.
“Não tendo sido possível, então que os decisores políticos olhem com atenção redobrada para a necessidade de investir nas acessibilidades do Centro de Portugal e que desenvolvam, já a partir de hoje, um plano de mobilidade que sirva de forma adequada todo o território. O Governo sabe que pode contar com a total disponibilidade da Turismo Centro de Portugal para um diálogo construtivo sobre esta matéria”, refere a entidade.
Ainda relativamente à questão do aeroporto, Fernando Ruas admitiu em 2022 que , dizendo que o Aeródromo do concelho poderia ser uma opção.