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Os guardas florestais da GNR estão em greve a partir desta terça-feira (23 de julho), numa paralisação convocada pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil (SinFAP), que tem sede em Viseu.
A greve é justificada pelo facto de os guardas terem sido excluídos da negociação do suplemento de risco com o Governo. Os profissionais também reivindicam a integração na carreira militar.
O SinFAP acusa a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, de decidir “não englobar” os guardas florestais nas negociações e diz que os guardas são “o único órgão de polícia criminal que não recebe nenhum suplemento, agravando assim ainda mais o fosso entre militares e o corpo civil”.
Por isso, o sindicato decidiu convocar uma “greve nacional história” que se prolonga até quinta-feira (dia 25) e em que os guardas irão reivindicar a integração total na carreira militar, “acabando com uma injustiça de dezoito anos, e que todos os dias lesa os Guardas Florestais da GNR em pelo menos 700 euros de diferença com os militares do Serviço Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA)”.
Segundo o pré-aviso de greve do SinFAP, a greve nacional abrange todos os guardas florestais da GNR, independentemente do seu vínculo contratual ou comissão de serviço.
O Governo e alguns sindicatos da PSP e GNR assinaram recentemente um acordo que prevê o aumento do suplemento de risco, que subiu mais 200 euros neste mês de julho e que terá uma nova subida de 50 euros em 2025 e outra do mesmo valor em 2026.
No entanto, nem todos os sindicatos assinaram porque os que não aderiram ao acordo defendem que o aumento aprovado não dignifica a classe e deixa agentes e militares longe dos mais de 600 euros mensais auferidos pelos agentes da Polícia Judiciária.
O SinFAP também convocou uma greve de sapadores florestais que Sapadores florestais e vigilantes da natureza em greve convocada por sindicato de Viseu.