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Verdes dizem que aparecimento de algas no Rio Dão resulta de anos de descargas ilegais

O aparecimento de cianobastérias no rio Dão levou as autoridades de Saúde Pública a desaconselharem a utilização das águas nas praias fluviais de Sangemil e Ferreirós do Dão

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 Verdes dizem que aparecimento de algas no Rio Dão resulta de anos de descargas ilegais
20.08.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Verdes dizem que aparecimento de algas no Rio Dão resulta de anos de descargas ilegais
26.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
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 Verdes dizem que aparecimento de algas no Rio Dão resulta de anos de descargas ilegais

O aparecimento de algas não é “indissociável da má qualidade das águas do rio Dão”, afluente do Mondego, acusa o partido Os Verdes que questionou o Ministério do Ambiente sobre que medidas estão a ser tomadas desde que, em 2021, o Partido denunciou descargas ilegais para esta bacia hidrográfica.

O aparecimento de cianobastérias no rio Dão levou as autoridades de Saúde Pública a desaconselharem a utilização das águas nas praias fluviais de Sangemil e Ferreirós do Dão, em Tondela, d evido à presença e proliferação de algas suscetíveis de causar problemas na saúde humana.

“Ao longo dos anos, o Partido Ecologista Os Verdes tem apresentado diversas denúncias relativamente às descargas de águas residuais que são rejeitadas na bacia hidrográfica deste rio sem o devido tratamento. O excesso de matéria orgânica contribui para o surgimento de algas, especialmente no verão, quando o caudal é mais reduzido e as águas encontram-se mais estagnadas”, esclarece o Partido.

De acordo com a Delegada de Saúde, “estas algas apresentam uma potencial toxicidade em contato com a pele ou quando inaladas, podendo surgir sintomas do tipo alérgico semelhantes à ‘febre dos fenos’ com rinite, conjuntivite e dispneia, podendo ainda desencadear reações inflamatórias da pele. No caso de ingestão podem provocar intoxicações agudas, podendo cursar com quadros de gastroenterite com diarreia, náuseas, vómitos, cólicas abdominais, febre ou outros”.

Posteriormente, a 16 de agosto, foi emitido um novo comunicado pela Delegada de Saúde, informando que “a observação macroscópica da água fluvial de Sangemil – rio Dão – faz suspeitar da existência de algas produtoras de cianobactérias com capacidade de lesar a saúde humana”  ficando igualmente interditas as atividades balneares, recreativas ou desportivas que impliquem contacto com a pele ou ingestão acidental de água.

“O aparecimento de algas não é indissociável da má qualidade das águas do rio Dão, afluente do Mondego. Nas visitas realizadas pelo PEV ao rio Dão nos últimos anos, tem-se observado no troço mais a jusante durante o período estival, que o leito do rio se encontra frequentemente esverdeado, tingindo inclusive as pedras, raízes e demais vegetação das próprias margens, sendo evidente um acentuado processo de eutrofização comprometendo a fauna fluvial, em particular piscícola, bem como a saúde pública”, alerta Os Verdes.

É nesta conjuntura que o Partido volta a questionar o Ministério, perguntando, nomeadamente, se tem sido reforçada a fiscalização e se foi elaborado algum plano de ação para a recuperação ambiental do rio Dão.

 Verdes dizem que aparecimento de algas no Rio Dão resulta de anos de descargas ilegais

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