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O advogado do piloto do helicóptero que caiu no rio Douro, provocando a morte a cinco militares da GNR, pediu esta quarta-feira (4 de setembro) “uma investigação isenta e imparcial”, defendendo que o acidente foi causado por uma “falha mecânica” no aparelho.
“Queremos que haja a garantia, para nós e para a família das vítimas, de que vá ser feita uma investigação isenta e imparcial ao acidente, que envolve várias entidades”, declarou à agência Lusa o advogado Albano Cunha, acrescentando querer saber “quem são os peritos e que entidades representam”.
Sobre o que motivou a queda do helicóptero, na passada sexta-feira (30 de agosto), no rio Douro, na zona de Samodães, concelho de Lamego, o causídico não tem dúvidas de que a mesma foi originada, segundo o seu cliente, por uma falha mecânica, que nada teve a ver com o facto de o piloto ter sido obrigado a desviar-se de uma ave que estava na mesma linha de voo, momentos antes do desastre.
“Não temos dúvidas nenhumas de que foi falha mecânica. O meu cliente diz que os comandos ficaram presos e agora esperemos que a investigação nos diga o porquê. Queremos que fique claro que a ave não foi a razão da queda do helicóptero. O desvio de uma ave é uma manobra perfeitamente normal, que foi realizada com sucesso. Isso não teve relevância nenhuma para o acidente”, salientou Albano Cunha.
O advogado explicou ter procuração do piloto para o defender e acompanhar os desenvolvimentos, adiantando que o seu cliente é visado num “processo de investigação”, acrescentado desconhecer, até ao momento, se foi instaurado algum inquérito por parte do Ministério Público (MP).
A Lusa questionou, há três dias, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se foi determinada a abertura de algum inquérito, mas a PGR não respondeu até ao momento.
Albano Cunha adiantou ainda que o seu constituinte continua internado no Hospital de Vila Real a recuperar, tendo já sido submetido a intervenções cirúrgicas aos dois tornozelos.
Aquando do acidente, seguiam a bordo do helicóptero seis ocupantes, o piloto, único sobrevivente, e cinco militares da Unidade de Emergência, Proteção e Socorro (UEPS) da GNR, que regressavam de um incêndio no concelho de Baião (distrito do Porto).
Numa nota informativa divulgada na terça-feira (dia 3), o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) – sediado em Viseu – indica que o piloto disse ter observado, antes do acidente, “uma ave de médio porte” na mesma linha de voo, obrigando a “um desvio”, mas a investigação ainda não determinou onde executou essa manobra.
Este organismo refere que “no voo de regresso à base de Armamar a aeronave iniciou uma descida constante, onde sobrevoou a margem esquerda (sul) do rio Douro em direção à cidade de Peso da Régua (distrito de Vila Real)”.
“No decurso dessa descida, segundo as declarações do piloto [único sobrevivente], este terá observado uma ave de médio porte à mesma altitude e na trajetória do helicóptero, que o obrigou a executar um desvio à direita, retomando a rota logo de seguida. Dos dados recolhidos até ao momento não foi possível determinar de forma independente o ponto de execução dessa manobra”, sublinha o GPIAAF.
Em sequência, pelas 11h32, acrescenta a investigação, “mantendo a descida em direção ao rio em volta à esquerda, a aeronave colidiu com a superfície da água com uma velocidade em torno dos 100 nós (185 km/h) por motivos a determinar”.
“No processo de dissipação de energia ocorrido durante a colisão, o piloto, sentado à direita, e o ocupante da cadeira esquerda do cockpit foram projetados para fora da aeronave”, lê-se ainda na NI.
Segundo o GPIAAF, “as evidências sugerem que o motor da aeronave estava a produzir potência no momento da colisão”.
O helicóptero acidentado, do modelo AS350 – Écureuil, era operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, Algarve, e o acidente aconteceu quando regressava ao Centro de Meios Aéreos de Armamar.