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Autor de diversos álbuns, o compositor, pianista e organista Tiago Sousa tem despertado o fascínio do público com o seu discurso musical articulado entre a escrita contemporânea e o minimalismo. O músico apresenta-se em Viseu no festival “Karma é…”, um concerto onde apresenta o terceiro volume da série ‘Organic Music Tapes’ e que serve de ponto de partida para um diálogo entre público, espaço e instrumento enquanto organismo vivo.
“Esta ideia de organismo influenciou muito o meu processo criativo porque abriu possibilidades estéticas que me interessavam explorar no contexto da música. Estou a falar da interdependência, de uma certa irregularidade, ideia de repetição, questões que me tenho interessado a partir da observação destes fenómenos orgânicos. É um trabalho menos linear, mais expansivo e que encontra caminhos novos na expressão musical que não tem os mesmos preceitos que normalmente encontramos na música como o ritmo e a melodia”, começa por explicar o músico que atua esta sexta-feira, às 22h00, no espaço do Carmo’81.
Tiago Sousa sente que “a ideia de música orgânica transformou bastante esteticamente” o seu trabalho e que “de certa forma vai deixar um lastro que vai contaminar os álbuns futuros, sejam eles dedicados a este tema ou tenham outras temáticas incluídas”.
Para este espetáculo, tal como em todos os outros, o músico parte com espaço para improvisação. “Há um diálogo que se estabelece com a sala em que me encontro, com o instrumento com o qual vou tocar – piano. Perceber como o instrumento funciona na sala e, por acrescento, com o público”, desvenda, reforçando que o objetivo é o de procurar o espontâneo.
Até sábado… muito para ouvir
Tiago Sousa é um dos artistas desta sexta-feira no palco do festival “Karma é…” com concerto marcado para as 22h00. Uma hora depois é a vez de Miss Universo. Criada por André Ivo e Afonso Branco, a banda estreou-se nos lançamentos com os singles “Ser Português” e “Canção da Rua”, estando agora a preparar o seu primeiro álbum, a sair no final do verão deste ano. José Pinhal Post-Mortem Experience encerra este segundo dia do evento, pelas 00h00m, com concerto marcado para a Rua do Carmo. Com o desígnio de homenagear a obra deste lendário cantor, este projeto musical surge em 2016, integrando membros da Favela Discos, Bruno de Seda e Suave Geração. Um super-grupo de baile peculiarmente composto por músicos oriundos da cena musical underground e experimental do Porto.
No último dia do festival, o dia começa mais cedo e ocupa mais a Rua do Carmo, envolvendo ainda mais os seus habitantes.
O sábado arranca às 17h00, no Páteo do Café Bem Estar, com o coletivo Polyester para quem será criado um espaço próprio para a fruição sonora experimental dos seus projetos, para que em conjunto criem um ambiente envolvente entre paisagens sonoras híper-realistas e ambientais. Polyester são Lu Zia, o pseudónimo do artista multidisciplinar Luís Luzia, que mergulha na música ambiente, explorando a dualidade entre o natural e o artificial; Laser Brain, atraído pela música eletrónica através do hardcore e do drum and bass, cujos conceitos extramusicais são geralmente materiais oníricos, cenários pitorescos ou narrativas lineares; Synapse Archives que tem uma génese hauntológica e foca-se numa expressão musical contemplativa; e Geno, que trabalha dentro dos moldes do ambiental e paisagens sonoras hiper- -realistas.
Pelas 19h00, há Nem Ele Nem Ela, entre a Petiscaria do Carmo e a tasca do João das Katembas, num desafio em que nem Ele (Bruno Marques) passa som, nem Ela (Liliana Bernardo) canta, ambos o fazem como se de um duelo entre o casal se tratasse. Ele e Ela proporcionarão mais do que um DJ set de clássicos do Rock apaixonantes, mais do que um Karaoke, mais do que uma batalha sonora.
A noite começa às 22h00, no palco do Carmo81, com Unsafe Space Garden, a banda dos mil nomes do infantilismo e colorismo. Às 23h00, no palco da Rua do Carmo, há Fanfarra Kaustika.
Pedro da Linha encerra o “Karma é…” dentro do Carmo81 com um concerto às 00h30. Um dos nomes mais importantes na renovação da música nacional, enquanto produtor e compositor foi responsável pelos últimos trabalhos de Ana Moura, Eu.Clides ou Pedro Mafama.