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O secretário de Estado da Agricultura, João Moura, admitiu estar preocupado com o Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão (CEVD), em Nelas, e garantiu o apoio do Governo para as prometidas obras de requalificação. A promessa foi feita esta quinta-feira (5 de setembro) na mesa redonda que marcou o primeiro dia da Feira do Vinho do Dão, dedicado aos profissionais da área.
A empreitada já tinha sido anunciada há mais de dois anos, em setembro de 2022, durante o mandato do anterior Governo. Na altura, estava previsto que as obras arrancassem no início de 2023, algo que não chegou a acontecer. O investimento estava avaliado em cerca de um milhão de euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência.
O CEVD, criado em 1946, tem uma área total de 10.985 hectares e tem vindo a dedicar-se à investigação para o setor vinícola da região.
Agora, o secretário de Estado da Agricultura revelou que há abertura por parte do atual Governo para apoiar o projeto “de forma efetiva, concreta e de imediato” e destacou a importância do CEVD como polo de investigação e disseminação do conhecimento.
“Temos um produto e uma marca, o vinho de Portugal, que felizmente se distingue a nível mundial pelas suas diferentes regiões, cada uma com características e aptidões únicas. O vinho do Dão é, sem dúvida, uma peça chave neste contexto, e vamos continuar a apostar fortemente na sua comercialização”, disse João Moura.
Na mesa redonda, o governante também disse que é necessário valorizar os territórios e as pessoas que trabalham na terra. “A agricultura deve ser uma área de interesse económico, e temos de valorizar o que é a atividade agrícola”, afirmou.
Já o presidente da Câmara de Nelas, Joaquim Amaral, falou da necessidade de investir na investigação e no Centro de Estudos Vitivinícolas, um assunto que o autarca também reiterou na entrevista que saiu esta sexta-feira (dia 6) na edição em papel do Jornal do Centro.
Na mesa redonda, Joaquim Amaral salientou “a urgência de se concretizar a empreitada de requalificação do CEVD, sem esquecer o reforço efetivo do quadro de recursos humanos, em particular os técnicos, bem como do quadro de investigadores” e recordou o papel do centro na investigação e experimentação do vinho do Dão.
“Não se pode desperdiçar um ativo tão preponderante para a região, o acervo de investigação de quase 80 anos, o bastião do património genético do Dão. O CEVD tem de voltar a ser o centro de excelência de investigação e experimentação, um polo de transferência de conhecimento aos produtores, enólogos e toda a fileira da vinha e do vinho”, acrescentou.
Ontem, vários especialistas e investigadores de vinho participaram na mesa redonda “Um Dão: Um passado com futuro”, onde debateram o passado, presente e futuro da região demarcada e o seu papel no desenvolvimento económico e social da região.
Do programa também constou uma visita ao próprio Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão. Já no salão nobre dos Paços do Concelho, o executivo da Câmara reuniu com João Moura num encontro onde foram abordados diversos assuntos de importância para a agricultura local. Também foi assinado um protocolo de cooperação entre a Câmara e a Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela.
O primeiro dia da Feira do Vinho do Dão ficou ainda marcado pelo concurso Grande Prémio Eng.º Alberto Vilhena, que decorreu no Mercado Municipal. O júri de 13 elementos vai premiar 10 vinhos brancos, 10 tintos, 5 espumantes e 5 rosados de um total de 104 que foram avaliados. Os resultados serão conhecidos esta tarde de sábado (dia 7) com a presença do ministro da Presidência, António Leitão Amaro.
Depois do secretário de Estado da Agricultura, o ministro da Defesa, Nuno Melo, vai estar hoje na inauguração oficial da Feira do Vinho do Dão.