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O presidente da Câmara de São Pedro do Sul revelou que os incêndios desta semana no concelho destruíram duas casas de primeira habitação e cerca de uma dezena de outras, além de danos na agricultura e floresta.
“Arderam duas casas de primeira habitação, arderam mais dez de segunda habitação, arderam palheiros”, afirmou Vítor Figueiredo, adiantando que os danos se estendem à agricultura e floresta.
No caso da floresta, especificou que na zona onde entrou o fogo, proveniente do concelho de Castro Daire, “tudo o que era mata florestal praticamente ficou toda queimada”.
Segundo o autarca, técnicos dos serviços de ação social do município estão no terreno a contactar as pessoas, que “precisam de conversar, de falar, de desabafar”.
“As nossas técnicas de ação social dizem-nos que as pessoas já se sabem proteger”, declarou, explicando que “houve muitas ações de sensibilização da parte da Proteção Civil municipal que tem passado ao longo destes últimos anos por muitas das freguesias” a fazer estas iniciativas.
Ainda hoje, também vão para o terreno técnicos da agricultura do Câmara para fazer contactos junto de munícipes que perderam gado e aferir da “necessidade de haver pastos ou não”.
“Já iniciámos a questão da ação social e agora vamos iniciar hoje a questão do apoio aos agricultores”, resumiu.
Questionado sobre o que espera do Governo face aos danos no concelho, onde não se registou nenhuma vítima, Vítor Figueiredo declarou que, independentemente dos executivos, “há muitas situações que têm de ser alteradas”.
“Para já, o problema é ser Interior. Nós, infelizmente, estamos a perder população e a principal coisa que nós precisamos todos é de ter mais população no Interior”, referiu, realçando que “podem vir cá com muitas medidas e com muitos apoios”, mas, sem mais habitantes, não se pode avançar.
O presidente da Câmara de São Pedro do Sul notou que, com mais população, consegue-se que “as terras agrícolas que estão à volta” das aldeias “possam vir a ser cultivadas outra vez”.
“Se isso não for, os incêndios vão mesmo até à casa das pessoas. O que se verifica é que, neste momento, a maior parte dos terrenos agrícolas estão completamente abandonados e os campos agrícolas estarem completamente abandonados é como se fossem pinhal, é como se tivessem mato”, alertou, destacando a importância de haver “uma rede de proteção à volta” das aldeias que as “proteja, efetivamente, do fogo”.
Para Vítor Figueiredo, “se isso não for feito, se não houver estímulo à agricultura, se não houver estímulo para que as pessoas venham para o Interior, isto continuará a acontecer aqui e em todos os lados” do Interior do país.
O incêndio que na segunda-feira começou em Castro Daire atingiu o concelho de São Pedro do Sul no dia seguinte, sendo que as frentes de fogo no concelho estão aniquiladas e a população está a regressar à normalidade.
Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingiram desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e determinou luto nacional hoje.