A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
O exercício físico e o extrato de flor de castanheiro podem ser…
No Outono, os dias são mais curtos e as noites mais frescas,…
por
José Junqueiro
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
José Carreira
A pouco mais de 24 horas de um sorteio que poderá ser histórico, já se fazem as contas em Cinfães. O clube da vila do norte do distrito de Viseu é o único a representar o futebol distrital na terceira eliminatória da Taça de Portugal. O presidente do Clube Desportivo de Cinfães, Vítor Pereira, não esconde o sonho de receber no Municipal Professor Cerveira Pinto o campeão em título e atual líder do campeonato. Tudo por uma questão de justiça, até porque o coração do presidente do Cinfães é azul e branco. “Sendo eu portista de coração – o FC Porto é o meu segundo clube, depois do Cinfães – gostaria, pessoalmente, que viesse o FC Porto. Em jeito de prenda para os sócios e para os sportinguistas de Cinfães, já que veio cá o Benfica e o FCPorto, acho que seria justo vir cá o Sporting”, começa por dizer.
Vítor Pereira assume que receber um clube grande na Taça é sempre uma fonte de receita. “Todos querem defrontar um grande. Salvava-nos a época. Íamos ter transmissão televisiva e era interessante em termos financeiros. Não podendo ser, que nos saia uma equipa do nosso nível e que possamos jogar em casa”, complementa. Até agora, em duas eliminatórias jogadas, o Cinfães conseguiu ultrapassar dois adversários, sempre a jogar em casa. “Confiando no ditado que diz que não há duas sem três, queremos seguir em frente”, atira.
O Estádio Municipal Prof. Cerveira Pinto foi, então, talismã até agora para o Cinfães. Primeiro diante do Resende, depois contra o Barreirense. Caso saia um clube maior no sorteio desta quarta-feira, pode ter de haver mudança de palco do jogo. Algo que, garante o presidente do Cinfães, irá ser evitado até à última. “Se sair o Sporting ou um grande tudo farei para o jogo ser realizado no nosso estádio”, assegura. Mas já há alternativa pensada caso não estejam reunidas todas as condições. “Se não for possível, sendo Viseu terra de sportinguistas, iria requisitar o Fontelo para jogarmos. Como estamos em obras, pode não haver condições para que o jogo aqui se realize, mas tudo iremos fazer para receber, nessa hipótese, um grande em Cinfães”, lamenta.
O sonho comanda a vida, mesmo que do outro lado esteja um clube maior. “Se nos sair o Sporting temos de ter noção da realidade. É óbvio que queríamos ser um tomba gigantes e até temos o exemplo agora do Tondela e do Académico de Viseu que foram eliminados pelo Campeonato de Portugal”, assinala Vítor Pereira.
O Cinfães é o único representante do distrito de Viseu na Taça de Portugal. Na segunda ronda da prova rainha caíram três clubes do distrito. O Académico de Viseu foi eliminado em Évora, diante do Lusitano, nas grandes penalidades, o Tondela, finalista vencido em 2022, saiu da prova após derrota contra o Marialvas e o Mortágua caiu aos pés do Atlético Clube de Portugal. Vítor Pereira revela que em Cinfães se vive um “sentimento agridoce” depois do que aconteceu na época passada. Um erro administrativo impediu o clube de jogar a Taça de Portugal. O nome do Cinfães não esteve nas bolas do sorteio da primeira eliminatória da prova, mesmo que, por direito próprio, lá devesse ter estado. Este ano a história está a ser outra. Esta quarta-feira, a partir das duas da tarde, o sorteio ditará qual será o adversário da próxima página.