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O presidente da Câmara de Carregal do Sal, no distrito de Viseu, disse esta terça feira (24 setembro) que é necessário vencer alguns interesses privados e repovoar o interior para proteger melhor a floresta dos incêndios.
“Há alguns interesses privados que temos de vencer a bem da população e depois ter a mão um bocadinho mais pesada, porque existem tantas e tantas pessoas que, pura e simplesmente, não limpam os terrenos”, defendeu Paulo Catalino (PS), que acompanhou o secretário-geral do partido numa visita a Laceiras, na freguesia de Cabanas de Viriato, fustigada pelo incêndio da semana passada.
O autarca lamentou que não seja possível efetuar faixas de contenção, “que são fundamentais”, e concordou com o apoio do Estado aos proprietários que não têm condições financeiras para limpar os seus terrenos, como defendeu o líder socialista, Pedro Nuno Santos.
Apesar do cadastro florestal estar a 50% no concelho, o presidente da autarquia de Carregal do Sal salientou que na grande parte dos restantes prédios “vai ser muito difícil lá chegar” por desconhecimento dos proprietários, muitos deles ausentes do município.
“Só temos uma forma de ocupar estes territórios: é ter gente aqui a viver e para isso temos de incrementar políticas de incentivo para que as pessoas se fixem, porque são muitas as pessoas que tendo condições preferiam aqui viver”, sustentou Paulo Catalino.
Para o autarca, se o território estiver povoado “consegue-se ter aqui faixas de contenção humana própria, se não vai sendo cada vez mais difícil e vai havendo tragédias como este ano”.
Segundo o presidente da Câmara, o incêndio da semana passada, que durou quatro dias e consumiu 53% da área florestal do concelho, foi pior do que o de outubro de 2017.
O levantamento dos prejuízos está ainda a ser feito pelo município, embora não haja desalojados.
A maior necessidade, de acordo com Paulo Catalino, é o alimento para os animais ruminantes, para os quais o município já adquiriu dois camiões para as primeiras necessidades.
Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.
Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.