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O Outono Quente está de regresso a Viseu para a sua 13ª edição, que decorre de 3 a 6 de outubro no Parque Aquilino Ribeiro. Organizado pela Associação Cultural Zunzum, o festival de artes interdisciplinares traz quatro dias de espetáculos, oficinas e conversas, com um destaque especial para a “Marcha dos Sonhos”, dedicada este ano ao ator, encenador e professor Jorge Fraga, falecido a 19 de agosto aos 71 anos.
“A Marcha dos Sonhos este ano volta à versão original de 2012, ou seja, não vai andar pela cidade, fica somente no Parque da Cidade [Aquilino Ribeiro], como aconteceu nas primeiras edições sob a responsabilidade de Jorge Fraga”, anunciou a programadora Isabel Legoinha, durante a apresentação do evento. Jorge Fraga foi o diretor artístico da primeira edição da “Marcha dos Sonhos” e de várias edições seguintes. “É a forma de recordar Jorge Fraga”, explicou Isabel, citando ainda palavras do próprio encenador, escritas em 2013: “Do desejo de cumprir o sonho, de tornar possível o irrealizável, de ter por perto quem já partiu”.
A “Marcha dos Sonhos” deste ano terá direção artística de Sónia Barbosa, com a direção musical de Ana Bento e a direção de expressão plástica de Mara Maravilha. “Foi o que Jorge Fraga nos deixou. Foi isto do ‘sim, é possível, vamos trabalhar todos juntos’, e é um pouco esta mensagem que queremos passar com esta ‘Marcha dos Sonhos’”, sublinhou Isabel Legoinha.
O festival Outono Quente contará também com a participação de companhias internacionais. De Espanha, a companhia Lafontana apresentará o teatro “Tuk Tuk”, e os Yllana trarão ao palco a peça “Passport”. A Zunzum AC abrirá o festival, no dia 3 de outubro, com a estreia do espetáculo “A trupe de histórias”, protagonizado por Isabel Legoinha e Mara Maravilha.
Entre os destaques da programação estão ainda espetáculos como “A menina que pintava pássaros”, uma peça de marionetas dos Mandrágora, e “11 Cisnes”, do Teatro do Montemuro. O festival inclui diversas oficinas, como as de teatro, música, dança, escrita criativa para crianças e expressão plástica, dirigidas por artistas como Ana Bento, Yarik Badchuk, Gi da Conceição, Cristina Rodrigues e Elsa Lopes.
Rodolfo Castro será responsável pela oficina de “Jogos de leitura em voz alta” e apresentará o espetáculo “Histórias mal contadas”. Os populares “Jogos do Helder” também marcarão presença no Parque Aquilino Ribeiro, com acesso livre, assim como o concerto de Bela Noia e o teatro “El cruce”, da Companyia Itinerária.
Outros espetáculos incluem “Perdidos, mas pouco!”, de A Bolha, “Ex-passus”, “Objetoteca popular itinerante”, pelo Teatro de Ferro, o concerto de Gomo de Tangerina, e “Histórias em movimento”, pelos Am’Arte.
O Ciclo de Conversas, organizado por Paula Soares do Plano Nacional das Artes, irá decorrer diariamente, com foco nos temas da arte e educação. A vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Viseu, Leonor Barata, destacou na apresentação do festival a inclusão da “primeira mostra do GLAS [Gabinete Local de Ação Social], que junta todas as organizações dedicadas à ação social”.
“O Outono Quente tem uma programação bastante eclética, dedicada, sobretudo, a famílias e é também esta possibilidade de fruirmos nos nossos espaços antes do inverno”, afirmou Leonor Barata. O festival conta com um orçamento de 100 mil euros, dos quais 50 mil são provenientes do apoio do Eixo Cultura da Câmara Municipal de Viseu. Além disso, a Direção-Geral das Artes contribui com 15.000 euros, e a autarquia oferece um “apoio não financeiro bastante expressivo”.