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A greve dos trabalhadores não docentes está a ter esta sexta-feira (4 de outubro) uma adesão de 95 por cento no distrito de Viseu. Pelo menos 30 escolas estão encerradas, em praticamente todos os concelhos, segundo números do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.
Só no concelho de Viseu, estão fechadas as escolas básicas Grão Vasco, Infante D. Henrique, João de Barros, Massorim, Aquilino Ribeiro, Azeredo Perdigão, Viso, D. Duarte, Mundão e Silgueiros e as secundárias Viriato e Emídio Navarro.
Há ainda encerramentos registados em várias escolas dos concelhos de Carregal do Sal, Lamego, Mangualde, Mortágua, Nelas, Penalva do Castelo, Sátão, Tondela, Vila Nova de Paiva e Vouzela.
“Estes números demonstram a insatisfação destes profissionais que não são ouvidos pelo governo e pedem melhores salários”, disse ao Jornal do Centro o dirigente sindical do distrito de Viseu, José António.
Segundo o responsável, “não se compreende que pessoas que trabalham há mais de 30 anos continuem a receber o ordenado mínimo”.
“Estes profissionais trabalham com crianças e jovens, trabalham com o futuro do país, e é preciso que estejam motivados e com condições dignas para a profissão que desempenham”, acrescentou.
Já o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro, Carlos Fontes, fala numa “grandiosa greve” e lamenta algumas ilegalidades, nomeadamente no distrito de Viseu.
“Alguns diretores, por via da passagem destes trabalhadores para as câmaras municipais, estão a fazer uma enorme confusão e a substituí-los, como está a acontecer em algumas escolas em Viseu, por trabalhadores da própria Câmara, o que é uma grande ilegalidade”, disse em declarações à agência Lusa.
Segundo o dirigente sindical, o pessoal não docente exige uma “carreira específica porque são trabalhadores que não trabalham com mercadoria, mas com crianças desde tenra idade”.
“Como o Ministério [da Educação] não dá satisfação nem em termos de carreira nem em termos de valorização salarial, estes trabalhadores tiveram de recorrer à luta e, se nada for resolvido, mais luta haverá certamente”, frisou Carlos Fontes.
Apesar de estes trabalhadores serem agora pagos pelas autarquias, no âmbito do processo de transferência de competências, é o Governo que tem o poder de aumentar os salários ou de criar uma carreira, explicou.
Da região Centro, estão já a caminho vários autocarros de trabalhadores em direção a Lisboa, onde está convocada uma concentração para as 14h30, junto à Basílica da Estrela para uma marcha até ao edifício do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, junto à avenida 24 de Julho.