A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
A Farmácia Grão Vasco procura estar perto da comunidade e atenta às…
O ano passa a correr e já estamos no Natal. Cada mês…
por
Eugénia Costa e Jenny Santos
por
André Marinho
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
Logo nas páginas iniciais do seu livro “O Equilíbrio do Poder — Estados, Sociedades e o Futuro da Liberdade”, Daron Acemoglu e James de A. Robinson lembram que, “durante a maior parte da existência humana, a insegurança e a dominação foram factos da vida”.
Até ser criado o Estado, os humanos viviam em “Warre”, em guerra total, todos contra todos. Para evitar este pesadelo que foi a vida dos humanos durante dezenas de milhares de anos, precisamos de (i) um Estado forte capaz de “conter a violência, impor as leis e fornecer os serviços públicos” e, ao mesmo tempo, de (ii) “uma sociedade forte capaz de acorrentar o Estado forte”.
A nossa liberdade depende deste “estreito corredor” entre o (i) e o (ii), entre “o medo e a repressão forjados pelos Estados despóticos e a violência e a anarquia que surgem na sua ausência”. Atenção: trata-se de um “corredor” e não de uma “porta” que se franqueia e se é feliz para sempre. A liberdade nunca é uma conquista definitiva, é uma luta “constante e quotidiana”, em “que o Estado e a sociedade se equilibram entre si”. É esta dinâmica que cria o “Estado acorrentado” das democracias e nos evita duas desgraças: o “Estado despótico” e o “Estado ausente”.
O Líbano é um exemplo de Estado ausente. Quando se tornou independente em 1943, o poder foi dividido entre cristãos, muçulmanas xiitas, sunitas e drusos: o presidente passou a ser sempre um cristão maronita, o PM um muçulmano sunita, o presidente do Parlamento um muçulmano xiita, “o vice-presidente do Parlamento e o vice-PM tinham de ser cristãos ortodoxos gregos”, ao passo que o número um das forças armadas seria sempre um muçulmano druso.
Como é evidente, “este pacto resultou num Estado incrivelmente fraco”. Apesar de tudo, nas três primeiras décadas, o Líbano progrediu bem. Houve harmonia entre as várias comunidades. Era a “Suíça do Oriente”.
Infelizmente, um forte “influxo de refugiados palestinianos” mergulhou o país “numa perversa guerra civil entre as suas diferentes comunidades” que durou de 1975 a 1989.
Depois, nas décadas seguintes, a paralisia das instituições libanesas somada à “economia do martírio” encomandada (não é gralha) pelos aiatolás do Irão ao Hezbollah fizeram o resto da desgraça a que estamos a assistir.
por
Eugénia Costa e Jenny Santos
por
André Marinho
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
por
João Azevedo