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O rufar de bombos substituiu o som das bombas da guerra. Os apelos de paz fizeram-se ao som da percussão. Viseu clamou na manhã deste sábado, 5 de outubro, pelo fim da guerra no Médio Oriente. Cerca de três dezenas de pessoas concentraram-se no Rossio em apoio à causa palestiniana. Os manifestantes defenderam que é preciso pôr um ponto final ao conflito. Helena Barbosa, do Conselho Português para a Paz e Cooperação, explicou que ““há várias décadas que o povo palestiniano vive assolado por uma ocupação e constantes humilhações provocadas pela potência de Israel”. E acrescentou que “desde outubro do ano passado que a ofensiva se intensificou e já resultou em mais de 40 mil mortos”. Por isso, resumiu, “queremos dizer que já chega de tantas mortes”. “Queremos uma Palestina livre, independente e que Israel pare com as constantes provocações aos países vizinhos. A tensão no Médio Oriente está a tornar-se preocupante e temos visto uma escalada de guerra”, vincou.
Helena Barbosa criticou a postura do Estado português que acusa de ser “cúmplice com esta situação”. “Tem dado aso a que este genocídio continue seguindo a política da União Europeia. Entendemos que o Portugal deveria reconhecer, de uma vez por todas, o Estado da Palestina, os direitos dos palestinianos e o fim da ocupação, devendo assumir uma postura mais ativa em defesa do povo da Palestina”, acrescentou.
O rosto do Conselho Português para a Paz e Cooperação elogiou a postura de “várias instâncias internacionais que se têm mostrado do lado certo da história”. “A verdade é que, a maior parte dos países, em Assembleia Geral da ONU, reconhecem o Estado da Palestina. Está a faltar que as grandes potências imperialistas parem de dar cobertura a Israel. Temos visto milhões de pessoas a sair às ruas por todo o mundo e os governos têm de ouvir a onda solidária para com o povo palestiniano”, reforçou.
“Está cada vez mais claro que o que se passa na Palestina é um genocídio”, defende manifestante
Ao Conselho Português para a Paz e Cooperação juntaram-se outros coletivos e associações. Nuno Coimbra, do Projeto Ruído, defendeu ser a hora de “a juventude mostrar a força que esta reivindicação tem de ter”. “Cada vez está mais claro que o que se passa na Palestina é um genocídio. Não tem outro nome. Há constantes violações do direito internacional. Estou aqui, essencialmente, para dar força a uma reivindicação que defende que o é preciso voltar às fronteiras impostas pela Assembleia das Nações Unidas de 1967”, frisou. Nuno Coimbra entende que “quanto mais força dermos, quanto mais solidariedade mostrarmos, acredito que realmente podemos fazer a diferença”.
“Estivessem três pessoas, o importante é a causa”
Também a Interjovem da CGTP esteve na luta pela independência da Palestina na manhã deste sábado. “Além de defender a Palestina e a existência do estado palestiniano, move-nos a luta contra a inércia do Estado português”, afirmou Mariana Rodrigues. Questionada sobre se esperava mais pessoas na manifestação, Mariana afirmou que “o importante é a causa”. “Tendo em conta que estamos em Viseu, um distrito pouco mobilizado, estão aqui algumas pessoas. O importante é a causa. Nem que estivessem só três pessoas”, referiu.
Além de envergarem bandeiras e cartazes com mensagens pró-Palestina, os manifestantes fizeram uma marcha por algumas ruas da cidade de Viseu. “Paz no Médio Oriente, Palestina Independente”, “De Beirute a Rafah, Palestina vencerá” e “Israel é o culpado, por um povo massacrado”, foram alguns dos gritos dos manifestantes.