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O concelho de Mangualde recebe a partir de terça-feira representantes de nove países europeus que integram o projeto “Residentes do Futuro” e que pretendem discutir a atração do investimento e o marketing territorial, disse hoje à agência Lusa o coordenador do projeto.
“As cidades estão a debater a sua realidade local sob a temática da perda populacional e estão a ser estudadas as raízes do problema para desenhar estratégias e avançar com projetos piloto para serem mais capazes de reter talento e atrair talento”, adiantou Tiago Ferreira.
Segundo disse à agência Lusa, Mangualde tem uma “característica interessante, já que conseguiu na sua história realizar várias atrações de investimento significativas”, como, por exemplo, a Stellantis, “um dos maiores fabricantes de automóveis”.
Nesse sentido, considerou que o Município de Mangualde “tem tido essa capacidade de atração que o diferencia das restantes comunidades” que integram o projeto europeu e que são “igualmente cidades de pequena dimensão”.
Mangualde, no distrito de Viseu, é o único município português a integrar o projeto europeu “Residents of the Future” [Residentes do Futuro] URBACT IV e tem um financiamento europeu no valor global de mais de 827 mil euros.
Os encontros, que se realizam, sensivelmente, de quatro em quatro meses, servem para trocar experiências e aprendizagens e visitar o território, “principalmente estruturas importantes que fazem a diferença” nas cidades.
Na terça-feira, o encontro é em Mangualde e acolhe representantes de Alba Lulia (Roménia), Saldus, (Letónia), Plasencia (Espanha), Lisalmi (Finlândia), Saint-Quentin (França), Comune di Mantova (Itália) e Trebinje (Bósnia e Herzegovina) e Šibenik (Croácia).
O projeto arrancou há cerca de um ano e envolve nove cidades, de nove países, com “desafios comuns e, todas elas, têm menos de 100.000 habitantes e em todas o salário médio no seu território é inferior à média do seu país”.
“Ou seja, há fatores como a dimensão da cidade e a perda de população ao longo das últimas décadas que as une. Depois, há competitividade económica que é um ponto forte em Mangualde que está associado a boa infraestrutura, como a autoestrada a passar ao lado, a via-férrea na cidade”, apontou.
Tiago Ferreira destacou também que há ainda “um caso de estudo que é o exemplo de ligação entre o investimento económico e o cuidar do ambiente” e a título de exemplo apontou a “Estação de Tratamento de Água Residual [ETAR] de última geração”.
Segundo este responsável adiantou à agência Lusa, Mangualde está também, “neste momento, focado em gerir bem o aparecimento de novas pessoas no concelho, com destaque para uma comunidade muito forte de origem do Brasil”.
O foco passa por “integrar bem essa comunidade sem que haja danos colaterais que, por vezes, há, de exclusão social” e, para isso, “arrancaram com um projeto nas escolas, envolvendo as crianças de diferentes nacionalidades”.
“O projeto está na fase de diagnóstico, com os encarregados de educação a responderem a inquéritos para, entre outras coisas, darem a conhecer em que é que se sentem mais ou menos integrados e as dificuldades ao chegarem a Mangualde, para depois trabalharem essas questões”, disse.