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A exposição “António Quadros – Artes de um Andarilho – Tributo de Ceramistas”, promovida pela ACERT (Tondela) como uma homenagem ao artista do concelho que morreu em 1994, está agora a terminar o seu roteiro pelo país.
A mostra, que reúne trabalhos de 30 ceramistas nacionais e divulga o barro negro produzido em Molelos, está patente na Central das Artes de Porto de Mós (distrito de Leiria). As peças poderão ser vistas até fevereiro de 2025.
Os 30 ceramistas que participaram na criação da exposição executaram 100 peças de autor que foram cozidas numa soenga, segundo o processo artesanal de cozedura da louça preta de Molelos, recorda a Câmara de Tondela – que apoia a exposição – numa nota.
As melhores obras foram escolhidas para integrar a mostra que, depois de ter estado patente na ACERT (durante o festival Tom de Festa no ano passado) e no Museu Municipal Terras de Besteiros, percorreu o país.
Na exposição participaram quatro oleiros de Molelos. António Marques criou a peça “Cântaro dos lagartos” e Carlos Lima fez “Sou uma cabra. O que haveria de ser?”, enquanto Tó Duarte concebeu “Quico” e Xana Monteiro realizou “Ave rara”.
A exposição conta com o apoio da Câmara de Tondela e da Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica.
Nascido em 1933, António Quadros era natural de Santiago de Besteiros e frequentou as escolas de belas-artes de Lisboa e do Porto antes de fazer carreira como pintor, professor, escultor e escritor. Viveu durante 20 anos em Moçambique (entre 1964 e 1984) e assumiu os heterónimos João Pedro Grabato Dias, Frey Ioannes Garabatus e Mutimati Barnabé João. Os seus poemas foram cantados por Zeca Afonso e Amélia Muge.
Como pintor, António Quadros assinou uma vasta obra realizada em Portugal e Moçambique. O artista também dedicou-se a outras artes plásticas como cerâmica, pintura em cerâmica, esculturas metálicas, cartazes, ilustração de livros e desenhos criados por computador. Morreu a 2 de julho de 1994, aos 60 anos, na sua terra natal. Em 1998, foi condecorado postumamente pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique pela sua obra plástica e literária.