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A Câmara Municipal de Viseu aprovou o caderno de encargos do ajuste direto que vai manter em funcionamento o serviço de Mobilidade Urbana de Viseu (MUV), até novo concurso.
O documento foi aprovado por unanimidade esta quinta-feira (10 de outubro) em reunião de executivo e terá agora que ter o parecer da Autoridade para a Mobilidade e os Transportes.
O caderno de encargos foi elaborado depois da realização de um relatório da Comissão Paritária, criada a pedido do município para analisar o contrato de concessão dos transportes públicos.
O presidente da autarquia, Fernando Ruas, explicou aos jornalistas no final da reunião do executivo que com esta aprovação o serviço vai manter-se e que este ajuste direto é válido “até à abertura do concurso”.
“Vamos continuar com o serviço, mas estamos a preparar um novo concurso. Hoje foi aprovado o ajuste direto que é válido até abertura do concurso, para que não haja nenhum hiato”, disse.
A aprovação deste contrato surge depois de várias conversações entre município e empresa. Ao que o Jornal do Centro sabe, a falta de entendimento entre as partes levou mesmo a empresa a suspender o carregamento de passes durante algum tempo e a ameaçar parar o serviço.
MUV com prejuízos de mais de um milhão de euros
A Câmara Municipal de Viseu tinha anunciado durante uma reunião do município, em maio deste ano, que iria abrir um novo concurso para os transportes públicos no concelho e admitiu que o atual sistema é deficitário e estava a dar um prejuízo à Câmara na ordem dos 1,5 milhões de euros por ano. As conclusões são de um relatório produzido por uma comissão paritária.
Relativamente ao novo concurso, Fernando Ruas chegou a dizer que tem de se “ajustar à realidade”, mostrando-se crítico por o sistema ter “uma série de vicissitudes” que não podem ser só desculpa dos anos da pandemia.
“Demos conta de um sistema que, por muitas vicissitudes, não está a corresponder aos problemas. Tem críticas e, ainda por cima, causa o transtorno grande à Câmara de um défice de 1,5 milhões de euros”, disse na altura.
Segundo o presidente da Câmara, “depois da pandemia covid os transportes nunca mais se endireitaram. Houve quebra nas receitas e se as pessoas, antes, até começaram a ter grande utilização, depois baixou, houve um retrocesso”.