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A fábrica automóvel da Stellantis Mangualde não tem o encerramento à vista. A garantia foi dada pela empresa depois de o CEO do grupo, Carlos Tavares, ter alertado para a possibilidade do fecho de fábricas de montagem na Europa devido à concorrência chinesa.
“Não está previsto nenhum encerramento, pois a fábrica Stellantis de Mangualde produz viaturas comerciais ligeiras que são neste momento líderes de mercado europeu e também especificamente líderes no mercado português”, disse fonte da unidade ao jornal económico digital Eco.
A mesma fonte acrescentou que a Stellantis Mangualde “é uma das fábricas mais competitivas do grupo e realizou recentemente importantes transformações para receber os veículos elétricos, que está a produzir em série desde o início deste mês” de outubro.
A 1 de outubro, a fábrica deu início ao fabrico em série de oito modelos elétricos do grupo. São eles o Citroën ë-Berlingo e ë-Berlingo Van, o Fiat e-Doblò, o Opel Combo-e e o Peugeot E-Partner e E-Rifter, nas versões de passageiros e de comerciais ligeiros. As viaturas vão ser destinadas aos mercados nacional e de exportação. A Stellantis investiu 30 milhões de euros na nova linha de produção.
Nos primeiros nove meses deste ano, o centro de produção da Stellantis em Mangualde já produziu 63.400 viaturas. Em Portugal, o grupo é líder do mercado nos veículos comerciais ligeiros, com uma quota de 45 por cento, e também nos furgões 100% elétricos, com 32% de quota de mercado.
Esta segunda-feira (14 de outubro), o presidente executivo da Stellantis, Carlos Tavares, disse numa entrevista ao jornal francês Les Echos que “nada deve ser excluído” perante a ofensiva dos construtores de automóveis chineses na frente dos carros elétricos.
“Se os chineses conquistarem 10% da quota de mercado na Europa no final da sua ofensiva, isso significa que produzirão 1,5 milhões de automóveis. Isto representa sete fábricas de montagem. Os fabricantes europeus terão então de fechá-las ou transferi-las para os chineses”, disse o gestor.
Carlos Tavares acrescentou ainda que fechar as fronteiras aos produtos chineses seria “uma armadilha” e que os fabricantes daquele país iriam “contornar os obstáculos, investindo em fábricas na Europa que serão parcialmente financiadas por subsídios estatais, em países de baixo custo”. Os veículos elétricos chineses vendidos na Europa terão de pagar impostos de importação até 45 por cento a partir do final de outubro.
A Stellantis Mangualde é considerada a segunda maior fábrica automóvel de Portugal, sendo apenas ultrapassada pela Autoeuropa, que produz veículos Volkswagen em Palmela. Para este ano, é esperado um novo recorde de produção em Mangualde, com um crescimento de 5 por cento para os 87 mil veículos.