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Da tradição à inovação: a maçã de Armamar (para o mundo)

A diversidade de variedades e o compromisso com a qualidade fazem das maçãs produzidas na região de Armamar um produto de referência, tanto no mercado nacional como internacional

 Da tradição à inovação: a maçã de Armamar (para o mundo)
19.10.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Da tradição à inovação: a maçã de Armamar (para o mundo)
19.10.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Da tradição à inovação: a maçã de Armamar (para o mundo)

A maçã é um dos produtos mais emblemáticos da região de Armamar, reconhecida pela sua qualidade e sabor único. Produzida nos pomares locais, percorre o mundo, conquistando mercados e paladares. 

Por trás deste sucesso global está o trabalho contínuo da Associação de Fruticultores de Armamar, que apoia os produtores locais, promovendo inovações e garantindo as melhores práticas agrícolas.

O trabalho da Associação de Fruticultores de Armamar

Há mais de trinta anos que a Associação de Fruticultores de Armamar tem feito um trabalho notável na valorização da maçã não só de Armamar, mas de concelhos vizinhos, como Moimenta da Beira, Tarouca e Lamego. 

Segundo José Osório, Presidente da Associação de Fruticultores de Armamar, “os seus técnicos estão sempre presente para dar apoio a todos os fruticultores”. 

Os técnicos da associação tentam chegar a todos os agricultores e estar presentes em todos os processos, realizando visitas regulares, orientado os agricultores sobre quais as melhores práticas para manter os pomares saudáveis. 

“Vamos periodicamente às explorações falar com os proprietários. Quando não é possível ir, enviamos mensagens por exemplo, sobre quais os produtos que devem utilizar. Temos técnicos que fazem trabalho de campo, analises à terra, à água.”, explica José Osório, destacando a importância do contacto constante perto do terreno. 

A proteção e inovação 

Os cerca de 48 canhões anti granizo, instalados no concelho há três anos, têm sido uma das medidas de proteção que deixam os agricultores mais seguros. O projeto da responsabilidade da Cooperativa Agrícola e da Associação de Fruticultores de Armamar teve um investimento de 2 milhões de euros pagos pelos produtores. 

Estes equipamentos asseguram que quando se aproxima uma trovoada, toda ela é dissipada, fazendo com que a trovoada se disperse ou torne o granizo em chuva. 

Um projeto pioneiro no norte do país, e que apesar de um alto investimento “bastou um bom ano para cobrir esse custo, pois os estragos que antes eram causados teriam gerado prejuízos enormes”, afirma a Associação. 

Os segredos para uma maçã de excelência 

“A nossa maçã é uma das melhores do país, o nosso concelho é o maior produtor a nível nacional . Na nossa região produzimos quase dois terços da maçã nacional”, afirma José Osório. 

E porquê? Qual o segredo para saírem da região as melhores maçãs do país? Para o presidente da associação de fruticultores há uma combinação de fatores essenciais “começando logo na exposição do terreno e a escolha da variedade”. 

Mas há algo que considera ainda mais importante “o agricultor tem mesmo de gostar do que faz. Tem de ser um trabalho feito diariamente com carinho, com rigor, uma agricultura moderna que não era exigida há anos.”

O inimigo: vento 

Apesar da dedicação, são vários os desafios que os produtores enfrentam. As condições meteorológicas muitas das vezes não são as mais favoráveis para a produção, e os estragos que a última tempestade em Portugal deixou são a prova disso. Embora a chuva tenha sido benéfica para as culturas, o vento forte deixou um rasto de destruição significativo.

José Osório lamenta a perda total de pomares que estavam apenas seu no quinto ano, a começar a dar resultados positivos na produção, e que foram completamente arrancados.

“As macieiras foram arrancadas pela raiz, e as maçãs que ficaram apenas servem para concentrados”. Apesar dos seguros atenuarem os prejuízos, nunca os cobrem por completo, aguardando ajudas do governo. 

A continuação do legado 

A região de Armamar é conhecida pela diversidade das variedades que produz e exporta. Para a Associação, as mais populares são: Golden, a Reineta, a Real Galã, a Fuji e a Bravo de Esmolfe. Esta última, uma das mais emblemáticas da região que exporta para o Brasil e outros países da América. 

Para que estas variedades cheguem a mais partes do mundo é necessário que a produção continue a ser assegurada. São os mais velhos que têm amor pelos seus pomares e que tentam passar essa paixão.

“Muitos jovens já acompanham e gostam de ajudar, querem dar continuidade ao trabalho dos seus familiares”, afirma o presidente da associação.

O que torna pouco atrativo este mundo da fruticultura, são as dificuldades que os agricultores enfrentam, como a falta de capital e os elevados custos de produção.

A Feira da Maçã de Armamar: uma montra para o país

Um dos momentos mais altos do ano para o concelho de Armamar é a Feira da Maçã, que se realiza de 18 a 20 de outubro. José Osório, em nome da associação de fruticultores de Armamar louva a iniciativa, considerando-a uma oportunidade para promover a maçã e outros produtos da região. 

“É uma montra para o país e mesmo para as pessoas da região”. Deixa o convite para que “aproveitem e venham visitar. É mesmo importante que se divulguem os nossos produtos, aquilo que somos bons a fazer.”

Um dos momentos altos da programação da feira será o concurso “A minha maçã é maior que a tua”, que premeia a maior maçã em competição.

“Não há dúvida de que deve haver maçãs com 1 kg. Não acho que seja o mais importante, mas é uma maneira de as pessoas conhecerem”, afirma José. 

A feira conta com a presença de vários setores de turismo e restauração, com uma área dedicada à gastronomia local, onde os cidadãos estão convidados a participar em workshops e sessões de degustação. 

CAP exige rapidez no apoio aos produtores

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) quer rapidez do governo no apoio aos prejuízos e perdas avultadas nas produções de maçã e castanha com “as explorações localizadas nas zonas de Lamego, Armamar a serem as mais prejudicadas com a tempestade Kirk.

Segundo os dados recolhidos “a violência do vento e da chuva provocou estragos que não só comprometem a produção da atual colheita, nalguns casos acima dos 40%, impondo prejuízos imediatos e avultada perda de rendimentos aos produtores, como também coloca em causa a capacidade produtiva futura e a viabilidade da sua atividade, atendendo aos extensos danos verificados em infraestruturas e sistemas produtivos”, prossegue a nota de imprensa.

Manifestando-se “totalmente solidária com os agricultores afetados”, a CAP alerta para a “necessidade de o Governo proceder à avaliação técnica e económica dos estragos em causa com máxima prioridade, garantindo assim a disponibilização célere dos devidos apoios aos agricultores”.

Em face da “cada vez maior frequência de fenómenos climáticos adversos e extremos”, a confederação reitera a necessidade de rever os seguros para a atividade agrícola, assim “cobrindo o capital produtivo em situações como as agora verificadas na região do Douro”, acrescenta o comunicado. 

Neste contexto, reforça a CAP, as coberturas contempladas pelo “Sistema de Seguros Agrícolas devem ser revistas o mais rapidamente possível, para que, desde logo, permitam segurar estes acidentes”.

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