A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
O exercício físico e o extrato de flor de castanheiro podem ser…
No Outono, os dias são mais curtos e as noites mais frescas,…
por
José Junqueiro
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
José Carreira
Está patente no Centro de Animação Cultural a Exposição “O Legado de um Cravo”, uma iniciativa do município de Mortágua e que está integrada no programa das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
A exposição, organizada e cedida pelo Museu do Aljube, pretende colocar sob os holofotes o período histórico desde a instauração da ditadura até à Constituição de 1976.
Alguns dos painéis retratam as características da ditadura do Estado Novo e respetivos mecanismos de repressão, e esclarecem o contraste entre a “escuridão” que se vivia em Portugal e as “luzes” que apareciam no contexto internacional, com Portugal à margem das transformações sociais e culturais que ocorriam noutros países europeus.
Através do conjunto de painéis são focados vários aspetos, como sejam: relembrar todas as liberdades que estiveram reprimidas durante cinco décadas do Estado Novo; demonstrar que 48 anos de ditadura representaram atraso, miséria e ausência de liberdades e direitos fundamentais; preservar e partilhar a memória de todas e todos a os que, em situação de clandestinidade e repressão, lutaram pela defesa da liberdade – os heróis e heroínas da democracia; sublinhar a importância da participação popular durante o processo revolucionário, especialmente ao nível da consolidação das mudanças e da superação às resistências que foram encontradas pelo caminho.
Com o objetivo de assinalar os 50 anos desta data histórica e marcante da nossa vida coletiva, que concedeu aos portugueses a liberdade, a democracia e a consagração constitucional de direitos fundamentais, o Município de Mortágua delineou um programa de atividades que tem vindo a decorrer desde o ano passado, englobando concertos, exposições, conferências, espetáculos de teatro, além de outras iniciativas mais solenes, alusivas à efeméride.
As comemorações no ano do cinquentenário da Revolução arrancaram em fevereiro com a exposição “25 de Abril: Rumo ao Cinquentenário: Ditadura, Revolução e Democracia”, promovida pela CIM-Região de Coimbra, que esteve patente no átrio da Câmara Municipal, Mercado Municipal e Escolas. O mês de Março recebeu o espetáculo “Aerograma Liberdade” que retratou a separação de pais e filhos durante a Guerra Colonial.
O mês de abril, pelo seu simbolismo, acolheu o maior número de iniciativas do programa, incluindo as Exposições “Os slogans menos conhecidos de abril”, no Mercado Municipal, e “Imagens do Parlamento Português”, na Biblioteca Municipal; a IX Gala ABAADV – Caldas de Penacova, inserida também nas comemorações dos 25 anos da Associação
Beira Aguieira de Apoio ao Deficiente Visual; o espetáculo musical-teatral “Café Chiado”, pela Companhia Rituais Dell Arte, que retrata a madrugada do dia 25 de abril de 1974, no Bairro do Chiado, em Lisboa; o espetáculo “ReCordas Abril”, pela Orquestra de Cordas do Conservatório de Música e Artes do Dão (CMAD) e o Concerto/Trio com António Manuel Ribeiro (voz dos UHF).
O ponto alto das comemorações aconteceu no dia 25 de abril com a realização da Sessão Solene comemorativa, a inauguração da Exposição “De Norton de Matos a Humberto Delgado, as eleições presidenciais em Mortágua” e do mural da Liberdade, e apresentação da peça “A Chegada de um Soldado”, pelo Grupo de Teatro da Associação de Vila Nova. No dia 26 de Abril, a Assembleia Municipal teve a honra de receber a visita de Catarina Salgueiro Maia, filha de Salgueiro Maia, um dos principais capitães de Abril e figura central da Revolução.
Seguiu-se no mês de Maio o espetáculo “Canção de Coimbra”, pela voz do médico Fernando Mendes, e no mês de julho o espetáculo/residência artística “Ser artista no Estado Novo”.
No mês de agosto realizou-se o “Concerto da Liberdade” que juntou em palco Sérgio Godinho com a Filarmónica de Mortágua, integrado também nas festas do concelho.
A Exposição “O Legado de um Cravo” e o ciclo de cinema “25 de Abril em Curtas” marcam a agenda das comemorações no mês de outubro.
O programa comemorativo encerra em novembro, com a inauguração da Exposição “Mulheres e Resistência”, no dia 3, e a cerimónia oficial de encerramento e um espetáculo musical no dia 17.