No episódio de “A Comer é que a Gente se Entende”, o…
As casas antigas são mais do que casas. São testemunhas da nossa…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
por
João Azevedo
por
Jorge Marques
por
Pedro Baila Antunes
O filme “Fauna” do realizador espanhol Pau Faus foi o grande vencedor da edição deste ano do festival de cinema CineEco, que decorreu em Seia. A película foi distinguida com o galardão do Grande Prémio Ambiente no Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela.
O filme mostra “um combate entre dois mundos, um verdejante e rural e outro que se quer estéril e tecnológico, que dependem intrinsecamente um do outro, num balanço aparentemente impossível de alcançar”, destaca a organização do CineEco.
A 30.ª edição do festival exibiu 64 obras cinematográficas de 27 países, selecionadas entre cerca de 1.800 filmes submetidos à competição. O evento também distinguiu o documentário “Magnífica: Kutsumaton Vieras” do finlandês Ville Koskinen com o Prémio Curta e Média Metragem Internacional.
Já a distinção de Longa-Metragem em Língua Portuguesa foi entregue a “Sem Coração” dos realizadores brasileiros Nara Normande e Tião, um filme que integrou a seleção oficial da secção Orizzonti no Festival de Veneza de 2023 e ganhou o prémio de melhor filme brasileiro na Mostra de Cinema de São Paulo.
O Prémio Curta-Metragem em Língua Portuguesa foi atribuído a “Percebes”, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, que também venceu a competição nacional no último Vistacurta em Viseu e, antes, o prémio de melhor curta-metragem no Festival de Annecy.
O filme “The Bio Estrela Project” de Oliver Couch recebeu o Prémio Panorama Regional, por abordar o peso da ameaça dos incêndios florestais na destruição da Serra da Estrela.
O Prémio Juventude Longa-Metragem Internacional foi entregue ao documentário “Common Ground” dos norte-americanos Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell. O filme também foi premiado no Festival de Tribeca de 2023 e conta a história dos pioneiros da agricultura regenerativa.
Este ano, a CineEco destacou-se como “um ponto de encontro essencial entre o cinema e as causas ambientais, oferecendo uma programação diversificada e promovendo um espaço de debate e aprendizagem, com a criação de um mercado de filmes, um espaço que conectou alunos de escolas de cinema a produtores experientes”, sublinha a organização. O mercado, uma novidade este ano, contou com a participação de seis produtoras e quatro instituições de ensino com 10 filmes e projetos.
O festival também quis valorizar a Serra da Estrela como um destino ambientalmente sustentável “reforçando o seu compromisso com o cinema ambiental e a reflexão sobre o futuro do planeta ao longo de três décadas”. No próximo ano, celebra os 30 anos de edições, já que a primeira ocorreu em 1995.
A programação incluiu sessões competitivas, exibições especiais, ciclos expositivos, concertos, debates e passeios. Este ano, marcaram presença no CineEco 15 realizadores, entre outros. De 10 a 18 de outubro, passaram pelo festival mais de 3.500 espetadores.
Depois da edição em Seia, o CineEco vai agora percorrer todo o país com extensões em cineclubes, associações, teatros, universidades e auditórios, com filmes da temática ambiental.
O festival é organizado pela Câmara de Seia e conta com o alto patrocínio do Presidente da República e do Departamento de Ambiente das Nações Unidas.