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O novo sistema de urgência referenciada implementado pela Unidade Local de Saúde de Viseu Dão-Lafões (ULSVDL) gerou reações contraditórias. O Sindicato dos Médicos da Zona de Viseu, representado pela médica Ana Paula Pinheiro, acredita que a medida pode ser positiva se bem aplicada, já o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos de Viseu (MUSPViseu) manifestou-se contra a decisão, considerando-a inadequada para a realidade da região.
Segundo António Vilarigues, porta-voz do MUSPViseu, a medida é “incompreensível” e “inadmissível” e critica a falta de clareza na nova orientação, sublinhando que a medida pode resultar em encaminhamentos inadequados para outros hospitais.
“Não percebemos que tipo de solução é esta”, afirmou, considerando que a promessa de atendimento após o contacto com o SNS 24 “é uma mentira descarada”.
António Vilarigues acredita que a solução necessária seria “contratar mais médicos, mais enfermeiros e mais auxiliares” e não introduzir medidas que “podem criar conflitos”. “Imaginem um pai ou uma mãe que vem de longe e, ao chegar à urgência, são mandados para casa ligar para a linha SNS 24”, disse, criticando a nova regra.
Já Ana Paula Pinheiro, do Sindicato dos Médicos de Viseu esclarece que, com o novo sistema, “ninguém fica sem assistência”, e considera a iniciativa benéfica se funcionar conforme está previsto.
“No hospital, os utentes são convidados a telefonar para a linha de saúde 24 horas, e, se necessário, o agendamento é feito no Centro de Saúde. Se já não houver vaga no centro de saúde e for necessário ser observado, será no hospital”, esclareceu.
Segundo a médica, pode acontecer um utente dirigir-se ao hospital e ser encaminhado de volta para casa, dependendo da prioridade do caso. “Se for necessário uma observação em menos de 12 horas, ficam à espera na urgência. Caso o agendamento for até 24 ou 48 horas, podem ser orientados para o Centro de Saúde”, explicou, destacando que o objetivo é aliviar a pressão das urgências, especialmente casos “verdes” e “azuis”, que são de menor gravidade.
“Assim, os utentes com maior prioridade conseguem ter uma assistência mais rápida. A longo prazo, eu penso que isto será uma boa medida”, concluiu.
A medida já em vigor, pretende melhorar o atendimento a utentes, promovendo o contacto inicial com a linha SNS 24 para casos não emergentes. Após a avaliação realizada por telefone, o utente pode ser orientado para auto cuidados, cuidados primários ou, em situações mais graves, para o hospital.
*em estágio