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Vítor Santos
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Jorge Marques
Várias crianças e idosos arregaçaram as mangas, puseram as mãos na massa e confecionaram 140 pães doces para distribuir pelas ruas da freguesia de Rio de Lobo, no concelho de Viseu. A iniciativa, que teve como objetivo “reinventar” a tradição “Pão por Deus”, aconteceu esta quarta-feira (30 de outubro) e foi desenvolvida pelo Centro Social Paroquial de Rio de Loba.
Para Lara Melo, de 11 anos, esta “atividade em conjunto com os idosos foi muito divertida e interessante”. “Gostei muito de oferecer os pães às pessoas e da gentileza das mesmas ao recebê-los”, contou.
Já Martim Silva, de 10 anos, a atividade foi “espetucular”. A mesma opinião teve Afonso Oliveira, de 10 anos. “Gostei muito da atividade e de poder oferecer os pães às pessoas”.
Também Margarida dos Reis, de 78 anos, destacou a “atividade cheia de criançada”, um momento de diz ter adorado. Gabriel Lopes, de 72 anos, frisou que “foi muito benéfico fazer o pão e entregá-lo às pessoas”.
A experiência foi ainda elogiada por Rosalina Genésio, de 85 anos, que contou ter adorado a experiência “pelas crianças e por rever pessoas conhecidas da terra”.
O balanço positivo também foi feito pela comunidade de Rio de Loba que esteve muito recetiva à distribuição do Pão por Deus e foi destacando o empenho do grupo e não terem deixado morrer as tradições.
“Esta tradição portuguesa com origem no ano de 1755 consistia num peditório realizado no dia dos finados. As pessoas iam bater às portas para pedir pão ou bolinhos. Este ano a comunidade do Centro Social Paroquial de Rio de Loba decidiu pegar nesta tradição e reinterpreta-la”, explicou a técnica superior de Educação Social da instituição, Vanda Rodrigues.
Assim, ao contrário da tradição, as crianças e idosos confecionaram os próprios pães doces mas para distribuir. Ao todo, confecionaram 140 pães doces, que foram embalados e distribuídos às gentes de Rio de Loba.
Segundo a instituição, “esta atividade intergeracional foi um sucesso”. “Estas atividades são muito importantes para a divulgação da cultura etnográfica e tradicional, assim como para promover o convívio entre grupos. Sempre que nos é possível levar a cabo estas ações desenvolvemo-las e somos sempre surpreendidos pelos resultados. O balanço é muito positivo”, destacou Vanda Rodrigues que contou ainda com a animadora Sociocultural Ana Rodrigues, na dinamização da iniciativa.