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As culturas mais antigas da Humanidade como do Egito, Grécia, Roma, Pérsia, Índia e Pré-Colombianas tinham uma visão cíclica do Tempo e do Eterno Retorno. Mais recentemente, Nietzsche alimentou esse Mito dizendo que a vida é como uma ampulheta, que será sempre revertida e voltará a esgotar-se. Muitos outros pensadores foram renovando esta ideia, onde apareciam sempre o Tempo e a Memória. Uma memória que não é um baú de recordações, porque ela própria cria as suas ficções. A nossa procura de criatividade e exigência do novo é, em boa parte, porque o passado foi esquecido. O novo e o antigo têm no Espaço o seu terreno natural. Einstein também foi por este caminho do Espaço/Tempo! É esse pensamento que me leva ao ano 1000, ao fim do primeiro milénio, ao que se passou e como isso ainda hoje marca o nosso tempo!
Na Europa os homens fixavam-se á terra, surgem as primeiras técnicas agrícolas, começam a construir-se casas e aldeias. A Europa tinha 40 milhões de habitantes. Os vikings, além de navegarem para o ocidente na direção das américas, navegavam também na direção do Báltico. Eram conhecidos como o Povo “Rus” e deram o nome á Rússia. Primeiro começaram a casar com as mulheres locais, fixaram-se, aprenderam as línguas eslavas e integraram-se na sociedade local. O que procuravam os vikings? Peles e escravos! Rapidamente se tornaram intermediários dos prósperos negócios de Bizâncio, que era a porta do Oriente/Ocidente e dos muçulmanos da Ásia Central.
Foi nesse tempo que se formou uma Confederação Comercial que passou a controlar tudo. O seu chefe era o Príncipe Vladimir, que por interesses comerciais se converteu á ortodoxia. Alguns anos mais tarde, tal como haveria de acontecer no nosso tempo, aparece uma Mafia. Começou a cobrar impostos de proteção aos povos locais e esse pagamento era feito em peles e escravos. Quer dizer que conseguiam a mercadoria sem ter que a comprar. Bastava provocar o medo, que deixa de ser uma emoção e torna-se um negócio altamente rentável que dura até hoje. São estes eslavos que no Séc. X deram origem á palavra “eslavo” e esta a “escravo”. É neste século que começa formalmente a escravatura organizado, legalizada, porque a outra sempre existiu. E também, tal como aconteceu no Império Romano com Spartacus, há aqui uma revolta dos escravos chefiada por Zang, um líder formado na Pérsia, hoje o Irão. O homem mais rico do mundo é Mansa Muça o Rei do Mali, com algumas semelhanças com Musk, mas um pouco mais visionário.
As universidades (madraças) aparecem com cursos de direito e funcionam com 4 anos + estágio. As mulheres representam 23% dos alunos. A formação de líderes é avançada, mais que no Séc. XX e baseia-se no budismo e era muito popular na China. Eles criavam um líder diferente, o Líder Ideal e que tinha tudo a ver com ética, moral, comportamento, atitude e não com contabilidade/finanças e lucros. Hoje as melhores empresas seguem esta via! O Grande Gengis Khan deu ao mundo de então e de agora uma das maiores lições de liderança. Ele não comprava os escravos, como todos os outros. Ele repartia o resultado das suas conquistas com os melhores. Foi assim que construiu o maior Império do Mundo, promovendo pelo mérito os soldados a senhores!
No ano 1000 os chineses escolhiam os seus parceiros comerciais, tal como hoje! Nesse tempo a China era o país mais globalizado, tinha a primeira farmácia, perfumes, cerâmica…tudo com fábricas cuja dimensão na Europa só vai acontecer na Revolução Industrial (Séc. XVIII). Eles dão sinais de uma primeira globalização no ano 1000 e que vai até á globalização Portugal/Espanha no Séc. XV. O maior e mais rico porto era em Xangai e Hong Kong, em frente a Taiwan. A capital chinesa era a enorme e cosmopolita cidade de Quanzhon. Assiste-se ás grandes migrações como hoje e os povos dominadores desta primeira globalização foram os vikings, chineses, indianos, árabes. Uma amostra de globalização formada pelo triângulo (Rotas Comerciais/Tecnologias/Religiões).
A China e o Médio Oriente prosperam e a Europa foi ficando para trás! Os inimigos da Europa eram os chineses, árabes e americanos (pré-Colombo). A energia vinha das pessoas (escravos), animais e natureza (água e vento). A organização política do mundo era feita de bandos, tribos, reinos, impérios e não havia um Estado/Nação que promovesse Direitos/Deveres.
Em 1347/48 a Europa sofre uma pandemia que matou 20 dos seus 75 milhões de habitantes e ficou conhecida como Peste Negra. É neste momento que os portugueses começam a navegar na costa ocidental africana. A globalização do Séc. XV acontece com Portugal e Espanha e usou e ampliou aquilo que já existia da anterior, mas com um grande salto no conhecimento. E o que resultou do encontro entre povos, mais cultura? Mais conhecimento, um novo continente, as américas, novas rotas marítimas globais, novo comércio, uma Europa próspera! Mas também uma nova escravatura conhecida como transatlântica no Século Séc. XVI e seguintes.
Há nesta história das repetições no Tempo uma coincidência a que chamaram “O Milénio da Paixão”. É um tempo que corresponde aos 33 primeiros anos de cada milénio. Nesses 33 anos acontece o pior, desde guerras, pandemias, desastres naturais, grandes incêndios e tragédias humanas. Esperemos que isto não signifique que teremos tempos maus até 2033, porque guerras, pandemias, desastres naturais, grandes incêndios e tragédias humanas, essas já chegaram. Então que se repitam também os saltos do Conhecimento, Ciência, Educação, Renascença, Século das Luzes, Liberdade de Pensamento e Criação. E sobretudo, o aparecimento de Grandes Líderes que saibam reconstruir o Mundo com Sabedoria e sem fanatismos de qualquer espécie…
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Joaquim Alexandre Rodrigues