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O presidente da Câmara de Carregal do Sal anunciou que a autarquia vai criar a primeira creche pública do concelho numa antiga escola primária. A valência vai ter capacidade para 75 crianças e conta com um investimento superior a 600 mil euros.
“Vamos fazer a primeira creche pública do concelho. Terá capacidade para 75 crianças e será num espaço que vai ser recuperado. É uma antiga escola que temos no centro da vila e que está devoluta”, adiantou à agência Lusa o presidente da Câmara, Paulo Catalino.
O município “só tem duas creches que são privadas” e “tem havido um crescente número de crianças no concelho que não têm tido vagas” disponíveis, sublinhou.
A creche municipal “vai fazer face às necessidades” existentes e que surgiram, “essencialmente, com a presença de imigrantes, sobretudo do Brasil, Venezuela e Colômbia”, indicou.
A escola que será requalificada situa-se no centro da vila, um edifício “junto a um espaço nobre, como é o parque Alzira Cláudio” e é também “uma forma de recuperar instalações emblemáticas que, após as obras, terão o mesmo propósito da Educação”, sublinhou Paulo Catalino.
Para a obra da creche municipal, esclareceu, foi feita uma candidatura que também contempla dois projetos de habitação colaborativa. Na freguesia de Vila Meã, para 12 casas, com um investimento de “um pouco mais de dois milhões de euros (ME) e, em Oliveira do Conde, para 14 casas, “um pouco mais de 1,8 ME”.
A creche, continuou, envolverá um investimento de 630 mil euros, mas o apoio “é só em 50%, ou seja, metade desse valor tem de ser pago pela Câmara” de Carregal do Sal.
“A segurança social aprovou a candidatura que tem os três projetos, mas temos de ter a verba remanescente e, para as obras não caírem e avançarmos com esta candidatura, faremos um empréstimo superior a 1 ME”, referiu ainda à agência Lusa.
Paulo Catalino Ferraz admitiu que a Câmara de Carregal do Sal “não tem capacidade de as fazer com o orçamento e por isso é que fará um empréstimo bancário, uma vez que a situação financeira da Câmara é estável”.
“A habitação colaborativa não tem apoio em 100%, porque precisamos sempre de injetar algum dinheiro e temos de fazer face ao IVA, mas como será devolvido no ano seguinte, também poderemos abater o empréstimo com esse valor”, justificou.