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Treze clubes depois, o adeus aos relvados. Luís Barry deixou este domingo, 1 de dezembro, de jogar futebol. Quis o destino que o fizesse no Lusitano de Vildemoinhos, clube da região onde vive há sete anos. Além do Lusitano, no distrito de Viseu, Barry vestiu as cores do Castro Daire e do Académico. Foi o Académico que trouxe o agora ex-jogador, natural de Correios para a região de Viseu.
Mas já lá vamos. Hoje foi o ponto final. “Ainda não me caiu a ficha. Acho que só vou sentir isso quando notar a falta do balneário, do treino, da competição. Hoje até foi relativamente normal, tirando a emoção das homenagens”, refere Barry ao Jornal do Centro.
No dia do adeus aos relvados, Luís Barry diz que sai de “consciência completamente tranquila”. “Estou muito satisfeito pelo percurso que tracei. Saio com orgulho enorme porque, nos clubes todos por onde passei, deixei pessoas amigas, referências e sinto que ficaram com saudades. Ainda tenho contacto com o clube que representei há vinte e tal anos. Saio convicto de que acrescentei ao futebol, não prejudiquei o desporto”, sublinha.
O próximo passo de Barry é treinar. E já há clube na calha. O jogador revela ao Jornal do Centro que tinha decidido que, aos 42 anos, esta seria a última época de chuteiras calçadas. A formação enquanto treinador já a começou e um convite precipitou um adeus que ia acontecer em maio.
Não chegar à Primeira Liga como futebolista foi “amargo de boca”
Em jeito de balanço, confessa que Viseu e a região ficam-lhe marcados para sempre. “Estabeleci-me por cá, a minha família está completamente integrada na região e na cidade. Foi Viseu que nos acolheu quando decidimos assentar por cá e só agradeço isso. Sentimos uma afinidade grande com a região e com as pessoas”, garante.
Numa carreira que começou nos distritais de Setúbal, Barry atingiu o futebol profissional com 28 anos. “Já é numa altura em que muita gente já deixou de jogar futebol”, lembra. Com vários golos e momentos importantes, Barry lamenta não ter chegado à Primeira Liga. O ex-jogador revela ao Jornal do Centro que chegou a receber um convite para a primeira divisão, mas não aceitou a pensar na família e também no lado financeiro. O clube em causa era da região de Lisboa.
Mas houve mais um “amargo de boca” que haveria de viver em Viseu. “Eu vim para Viseu graças ao Académico. Não subimos de divisão na minha primeira época no Académico por uma diferença muito curta. Ficou esse amargo de boca”, confessa. Nessa temporada, 2017/2018 haveria de ser o Santa Clara a garantir o lugar de play-off e foi por pouco que o Académico, treinado por Manuel Cajuda e presidido por António Albino não conseguiu atingir a tão desejada subida de divisão.
Próximo desafio é em Viseu… como treinador
Ao décimo terceiro emblema eis que chegou o ponto final. A carreira terminou no Lusitano. Clube que Barry garante ter “um lugar muito especial no meu coração”. “Foi a minha quarta época aqui. Senti sempre o carinho das pessoas, senti sempre que gostavam de mim. Nunca me faltou nada. Só tenho coisas boas a dizer deste clube. O meu filho está aqui a jogar e cá vai continuar”, explica.
Por agora o foco está em não esquecer qualquer uma das memórias. Dos relvados disse este domingo adeus. O clube que se segue – agora para a primeira experiência enquanto treinador – é da região de Viseu. Se as chuteiras ficam arrumadas, para o futebol diz apenas”até já”.
Luís Barry começou a jogar futebol no Corroios, clube onde fez toda a formação até ser júnior. Nesse escalão atuou no Vitória de Setúbal. Daí seguiu para o Samouquense e representou o Redondense, o Atlético de Reguengos, o Lusitano de Évora, o Atlético Clube de Portugal, a Oliveirense, o Chaves, o Aves até chegar à região de Viseu. No distrito viseense alinhou no Académico de Viseu durante duas épocas (18/19), Castro Daire também dois anos (19/20 e 20/21) e terminou a carreira de jogador no Lusitano de Vildemoinhos, clube cujas cores defende desde a época 20/21, tendo alinhado durante mais de 100 jogos.