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Uma 4B e um Incel

 Uma 4B e um Incel
07.12.24
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 Uma 4B e um Incel

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

Escrevo este Olho de Gato no dia em que Yoon Suk Yeol, o todo machão presidente da Coreia do Sul, decretou a lei marcial para, horas mais tarde, meter a viola no saco e a desdecretar. Presidente todo machão porque, na campanha de 2022, para ganhar o voto masculino, afirmou-se “anti-feminista” e negou que no seu país haja “discriminação estrutural baseada no género”. 
Só que, conforme descreveu há três semanas Catherine Kim no Politico, “a Coreia tem uma das maiores disparidades salariais entre homens e mulheres do mundo”, para além de haver constantes “assassínios brutais” de mulheres e o país ocupar vergonhosamente os últimos lugares nos índices mundiais de igualdade de género.
As mentiras e o machismo do presidente irritaram as coreanas e deram ainda mais tracção ao movimento feminista radical 4B que segue os seguintes lemas: Bi-hon (sem casamento), Bi-yeonae (sem namoro), Bi-chulsan (sem parto) e Bi-sex (sem sexo). Estas mulheres, para convencerem “a sociedade a levar a sua segurança a sério”, decidiram “renunciar completamente aos homens até que algo mude”.
Ora, nas últimas semanas, para além de Samsungs e Hyundais, a Coreia do Sul começou também a exportar este feminismo para os EUA. É que, como os machos jovens votaram em força em Trump, muitas norte-americanas estão furiosas com eles. Nas redes sociais fervem posts do movimento 4B, com dezenas de milhões de visionamentos e likes.

Vamos agora aos Incels (os involuntary celibats, os celibatários involuntários), os jovens que gostavam de ter uma relação física e emocional com uma mulher mas não conseguem. Frustrados, eles fecham-se em casa no gaming e no porno, em mundos online masculinos — a manosfera.
Os Incels têm défice de confiança. Já nem se aproximam das mulheres. Este medo aumentou depois de muitos dos protocolos de abordagem terem sido postos em causa pelo #MeToo.

Como Hollywood, cada vez mais woke, já só faz filmes medíocres, há que recorrer à nova Meca do cinema: a Ásia. 
Deixo aqui um apelo ao realizador sul-coreano do genial e premiadíssimo “Parasitas”. Caro Bong Joon-ho, faça uma comédia com final feliz entre uma 4B e um Incel.

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