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A Câmara Municipal de Viseu diz que durante o próximo ano não vai contratar operacionais para o corpo de Bombeiros Sapadores. O tema foi debatido recentemente durante uma reunião que juntou a autarquia e o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS).
Além dos operacionais, o encontro abordou outras temáticas como o parque automóvel que, segundo o SNBS, está envelhecido e a precisar de ser renovado, nomeadamente a autoescada que está na corporação há mais de 30 anos.
O encontro que decorreu na última semana surgiu na sequência de um pedido do sindicato feito “há praticamente um ano”. “Entendíamos que era necessário reunir com o município para debater algumas falhas sinalizadas”, disse ao Jornal do Centro o presidente do SNBS Ricardo Cunha.
Na reunião, que demorou cerca de uma hora, foram apresentadas as preocupações do sindicato onde se destaca a necessidade de mais operacionais, já que no entender do SNBS as equipas são reduzidas e não cumprem as guarnições.
O vice-presidente da autarquia, João Paulo Gouveia, já tinha afirmado ao Jornal do Centro que o município não entendia ser necessário um reforço de pessoal, posição que foi agora transmitida ao sindicato.
“Há falta de pessoal, porque se as guarnições das viaturas não são cumpridas no mínimo estabelecido, é porque há falta de pessoal. O vice-presidente do município disse que não concorda e que não há intenções de abrir novo recrutamento, pelo menos para o ano”, disse Ricardo Cunha.
O sindicalista explicou ainda que foi comunicado que há outra forma de contratação, através da mobilidade, uma opção que Ricardo Cunha diz que não é garantia de reforço.
“Disseram-nos que têm outra forma de contratar através da mobilidade, mas isso tem o problema de a pessoa poder querer sair a qualquer momento. Contratando é um funcionário do município, por mobilidade não é isso que acontece. E depois há outro problema, a correr bem, desde que se abre um concurso até ter um bombeiro são quase dois anos e se isso não é acautelado, reforçar os corpos de bombeiros vai levar muito tempo”, disse.
Outro dos temas em destaque na reunião foi o parque automóvel, em especial a autoescada que está na corporação há mais de três décadas.
“Ao nível das viaturas o que nos foi dito é que se está à espera da CIM [Comunidade Intermunicipal] para ver o que se pode comprar em conjunto com os municípios. E nós, sindicato, percebemos isso e não está errado porque são veículos com custos elevados, o problema é o tempo que isso demora. O veículo estacada é o mais urgente para a cidade de Viseu, porque já tem 33 anos e um veículo destes tem uma esperança média de vida de 20 anos. Ao fim desse período a manutenção é muito cara e não compensa”, esclareceu.
Sobre este tema, João Paulo Gouveia reiterou o que também já tinha dito ao Jornal do Centro. O vice-presidente, que é também responsável pelo pelouro da Proteção Civil, explicou que “existe por parte das comunidades intermunicipais (CIM) um conjunto de fundos que vão chegar para aquisição de equipamentos ao nível da sub-região”.
“Há equipamentos que fazem sentido serem partilhados por outros municípios e é nisso que vamos trabalhar, na complementaridade com os outros municípios da CIM e, naturalmente, com fundos comunitários”, disse João Paulo Gouveia.
Para Ricardo Cunha, a reunião acabou por não “dar as respostas esperadas”. “O problema continua a ser o facto de as pessoas não verem os bombeiros como um investimento. Não trouxemos as respostas que queríamos, o mais importante seriam as viaturas e os operacionais, mas vamos aguardar a ver se alguma coisa muda”, afirmou.
Questionado sobre a reunião, João Paulo Gouveia acrescentou ainda que “foram ouvidas e esclarecidas algumas reivindicações” e que “a autarquia costuma reunir muitas vezes com os sindicatos”.
O vice-presidente disse ainda que outro assunto importante relacionado com os Bombeiros Sapadores prende-se com a regularização do corpo de comando. Desde a saída do último comandante, o corpo de comando que tem estado a funcionar com um comandante em suplência.
“Temos um corpo de comando que precisa de ser regularizado e isso é muito importante. Em 2025 isso vai ficar resolvido”, garantiu.