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A Comissão de Utentes contra as portagens na A24 e A25 pediu esta quarta-feira (8 de janeiro) que os pórticos sejam retirados. Depois do fim das portagens nestas vias, medida que entrou em vigor no primeiro dia do ano, os utentes pedem agora que os pórticos sejam retirados “com a brevidade possível”.
“Não venha o diabo tecê-las e numa outra conjuntura, numa outra situação, alguém venha repor as portagens. E, portanto, o melhor seria que os pórticos fossem todos arrancados, já não são precisos”, afirmou aos jornalistas o porta-voz da comissão, Francisco Almeida.
Questionado sobre se os municípios da região deveriam seguir o exemplo de Vila Real, que se disponibilizou para retirar os pórticos, o responsável frisou que a comissão “não se mete nisso”, mas que alguém os deve retirar.
“As câmaras municipais, a Infraestruturas de Portugal ou a Ascendi, que se fartou de ganhar dinheiro com isto, que arranquem os pórticos, são objetos de má memória na A25 e na A24”, acrescentou.
Francisco Almeida aproveitou ainda para sublinhar que o fim das portagens é resultado da luta e não da “bondade” de alguém.
“Foi a luta que acabou com as portagens, não foi a bondade de ninguém. Não foi ninguém que, iluminadamente, na Assembleia da República decidiu converter-se e a acabar com as portagens. Até porque alguns dos que agora votaram para acabar com as portagens ainda há algum tempo eram defensores do principio utilizador-pagador. Converteram-se? Ainda bem”, disse.
O responsável lembrou ainda que essa luta começou há 20 anos, em 2004, com um buzinão na Avenida Europa, em Viseu, local onde esta quarta-feira foram colocados cartazes onde pode ler-se: “Quem luta nem sempre ganha, quem não luta perde sempre! Foi a luta que obrigou a acabar com as portagens!” e “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. A luta contra as portagens começou em 2004!”.
“Estamos a colocar estes materiais na cidade de Viseu e Lamego, porque importa recordar que a luta contra as portagens não começou ontem, começou há 20 anos, em 2004”, sublinhou.
Francisco Almeida mostrou também a solidariedade da Comissão de Utentes para com todos aqueles “que na zona Albergaria e Aveiro continuam a lutar pelo fim de três pórticos”, apoio que se estende “aqueles que no grande Porto lutam pelas portagens nas ex-SCUT”.
No passado dia 1, as portagens foram abolidas nas vias rápidas estruturantes do Interior e Algarve conhecidas como SCUT. As portagens foram abolidas na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 – Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 – Minho, esta última apenas nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.
A proposta que “elimina as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do interior e em vias onde não existam alternativas que permitam um uso com qualidade e segurança” foi apresentada pelo PS e aprovada com os votos favoráveis do PS, Chega, BE, PCP, Livre e PAN, com a abstenção da IL e os votos contra do PSD e CDS-PP. A lei foi promulgada pelo Presidente da República em julho de 2024.
De acordo com os socialistas, a medida tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros.