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Um concerto dos Linda Martini, um espetáculo musical solidário, teatro, exposições, momentos de debate e ilusionismo são algumas das propostas da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT), para o primeiro trimestre de 2025.
Na apresentação, José Rui Martins, coordenador da programação, destacou que a ACERT é um “espaço que reflete para a comunidade uma aposta diferente”, “um polo cultural dinâmico, multidisciplinar, um ponto de encontro entre públicos” e um “espaço informal onde o público se sinta bem”.
Um dos grandes destaques para estes três primeiros meses do ano é o concerto da banda portuguesa, Linda Martini, que sobem ao palco da ACERT no dia em que é lançado o novo álbum, “Passa Montanhas”, a 24 de janeiro.
“Eles já tinham outras datas previstas, mas perante o desafio que lhes fizemos aceitaram vir aqui estrear o álbum”, explicou aos jornalistas Daniel Nunes da ACERT, durante a apresentação da programação para o novo ano.
Outra das iniciativas de destaque acontece já este fim de semana. O espetáculo “Grandes Histórias Musicais” sobe ao palco no sábado (dia 11), pelas 21h30, e a bilheteira vai reverter para a compra de uma nova carrinha da Cooperativa Vários que ficou destruída num incêndio.
O espetáculo celebrar a vida e a obra dos grandes compositores clássicos, com a Camerata do Dão que é composta por jovens músicos da região, como a pianista tondelense Filipa Cardoso. A iniciativa é uma coprodução do Novo Ciclo ACERT e da Casa da Cultura de Santa Comba Dão.
“A Camerata do Dão tem um conjunto de músicos de referência dentro da música instrumental”, frisou José Rui Martins.
Ainda no mês de janeiro, sobe ao palco “O Bosque”, uma peça que junta três amigos. O espetáculo estreou em dezembro e volta a subir ao palco nesta nova temporada, para o público em geral (17 e 18 de janeiro) e para o público escolar (20 e 21 de janeiro).
Em fevereiro há magia, com uma oficina de ilusionismo da autoria de Zé Mágico. A iniciativa acontece no primeiro dia do mês e é “para pais e filhos”.
Já a 8 de fevereiro há café concerto da compositora Rita Onofre, que durante uma semana estará em residência a compor e a criar sonoridades.
“A Rira Onofre tinha um desejo muito grande de vir a este espaço, que lhe foi recomendado por outros colegas artistas que têm passado por aqui, e ela contactou-nos com uma vontade muito grande de passar aqui algum tempo a criar”, acrescentou Daniel Nunes.
A 22 de fevereiro, a ACERT recebe uma iniciativa que pretende “discutir a integração” e refletir sobre a imigração “destacando a importância do acolhimento e da convivência”.
“Resolvemos abordar esta temática como um ato de felicidade e não como uma calamidade. O que vamos fazer não é integrar, mas integrarmo-nos mutuamente. Temos muito a aprender sobre as culturas, temos muito a conhecer do outro e só levando a que o outro tenha uma noção de pertença a esta comunidade é que podemos prestar um bom serviço de integração”, destacou José Rui Cruz.
O mês de março arranca com a bailarina e coreógrafa Leonor Keil, que trabalhará com a Orquestra de Sopros do Conservatório de Música e Artes do Dão, onde explora a interação entre o movimento cultural e os sons dos instrumentos de sopro.
A 3 de março, Isabel Nogueira, Patrícia Barnabé e Raquel Castro, Djs Mãos na Anca, vão dar música com dj sets “festivos e ecléticos”.
No dia 8 de março, há concerto de Mimi Froes, que apresenta o seu álbum de estreia “Contornos”, na primeira visita à ACERT e à região.
No mesmo dia, decorrerá a oficina “O corpo e o barro”, no âmbito do processo criativo de “Memória do barro”, um espetáculo que tem estreia prevista para dezembro e contará com a encenadora Aldara Bizarro.
Para o Dia Mundial do Teatro (27 de março) está prevista a estreia do novo espetáculo do Trigo Limpo Teatro ACERT, que resulta do projeto “Palavra Ambulante” e se inspira nas Bibliotecas Itnerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, carrinhas que durante décadas levaram livros a zonas do país que a eles tinham menor acesso.
“Pegámos numa réplica dessa carrinha que vamos transformar em mais um espaço cultural da ACERT. Vai andar em itinerância pelo país e podemos anunciar já 60 apresentações”, avançou José Rui Martins.
Segundo o responsável, “a carrinha vai transformar-se num auditório para 62 pessoas”, sendo o objetivo que tal aconteça fora da zona urbana das cidades.
Daniel Nunes avançou que a estreia acontecerá em Oliveira de Azeméis e prometeu para breve mais informações sobre o espetáculo.
A exposição “25 de Abril sempre” e a nova plataforma de reflexão “ACERTar o passo” são outras iniciativas da programação apresentada.
O “ACERTar o passo” pretende “refletir sobre a participação associativa e intervenção cultural”. “Vão ser sessões abertas a outras associações, associados, público e muitos outros, porque a problemática cultural não se restringe aqueles que a desenvolvem, mas aos que nela participam”, frisou José Rui Martins.
A iniciativa terá um moderador, Álvaro Cidrais, “que é um facilitador da conversa” e, acrescenta o responsável, “não é uma atividade de refletir sobre a ACERT, mas sobre um universo mais dilatado do que é a intervenção cultural”.
Já a exposição “25 de Abril” resulta de outro projeto feito ao longo de 2024, ano em que se comemoraram os 50 anos da Liberdade.
“Resulta de um projeto em que convocamos 12 autores para escreverem todos os meses, no dia 25, o que era para eles o 25 de Abril, a ACERT e, agora, convidamos 12 ilustradores para ilustrarem esses mesmos textos e vai ser a exibição destes trabalhos”, explicou Daniel Nunes.