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Que balanço faz destes três anos?
É um balanço bastante positivo, sendo certo que apenas a partir de 2024 é que começámos a executar aquilo que preparámos em termos de projeto político. O quadro comunitário finalizou a 31 de dezembro de 2023 e, até essa altura, fomos preparando projetos no sentido de passarmos para a fase de obra assim que o quadro comunitário abrisse. Nos primeiros dois anos, fizemos um esforço grande no sentido de podermos preparar o concelho para as oportunidades do novo quadro, mas também para as oportunidades que o Plano de Recuperação e Resiliência [PRR] nos trouxe. Mangualde posicionou-se, do ponto de vista público e privado, como sendo o concelho de pequena dimensão que mais fundos comunitários viu aprovados.
Se tivesse que destacar alguma coisa que realizou nestes três anos, o que destacaria?
Não destacaria uma obra física, mas o aumento da população. Esta é a maior conquista que tivemos ao longo deste mandato e o maior desafio que um autarca tem, principalmente nos territórios de baixa densidade. Não só travámos o despovoamento, como crescemos de população e com diversidade. Hoje somos um concelho com 22 nacionalidades, com uma diferença cultura l muito enriquecedora e, ao mesmo tempo, desafiante. E esta é a maior conquista, desde que tomámos posse, o concelho tem crescido em população e em termos de respostas de habitação e empresariais. Há também que referir o papel importante que o associativismo tem, principalmente das áreas social, cultural, desportivo e recreativa.
O que foi feito para conseguir esse aumento de população?
Isto acontece porque o trabalho está a ser feito e porque as pessoas acreditam em Mangualde como um concelho de oportunidades. Um concelho que dá resposta na habitação, na sustentabilidade ambiental, que tem feito um trabalho na promoção do património, dos produtos endógenos e do turismo. E é também um concelho que tem crescido do ponto de vista industrial, foram criadas mais 80 empresas, mais de 150 novos fogos privados aprovados, 50 habitações que o município garante quer no âmbito do 1º Direito, quer no arrendamento a custos acessíveis. Para este ano, aprovamos um Orçamento de mais de 35 milhões de euros, o maior de sempre, e que foi aprovado sem votos contra.
Esse orçamento é o reflexo do que quer para este último ano de mandato?
Este orçamento dá prioridade a setores como a educação, habitação, regeneração urbana, da mobilidade, inovação e digitalização, sustentabilidade e transição climática e ao setor empresarial. A maior fatia, superior a quatro milhões de euros, destina-se à educação. Temos feito um investimento muito forte nesta área, nomeadamente na requalificação de edifícios escolares, no apoio aos estabelecimentos de ensino, nos planos de combate ao insucesso escolar, no apoio ao prolongamento de apoio letivo e famílias, aos alunos com necessidades especiais, transporte e alimentação escolar. São muitas obras, em várias áreas, e pouco tempo até ao final do mandato para as vermos concluídas, mas estamos certos que estamos no bom caminho.
Quais foram as principais dificuldades que encontrou no desempenho das suas funções?
Diria que foi o impacto que uma guerra em pleno coração da Europa nos trouxe, não só individualmente, mas também às instituições e autarquias. Esse impacto foi muito difícil de ultrapassar.
E o que mais o surpreendeu positivamente?
A resiliência dos mangualdenses e das mangualdenses e das instituições que deram um grande contributo e que quiseram estar ao nosso lado. Foi graças a essa demonstração de sentido de pertença que conseguimos ultrapassar as dificuldades. Há alguma obra ou intenção que não vai conseguir cumprir até ao final do mandato? A contratação pública é sempre um grande processo para qualquer autarca e essa é a parte mais negativa de quem está nas funções públicas. Sonhamos e idealizamos e até chegar ao ponto de estar em execução tem que ser feito um caminho muito logo, mas não é isso que nos desmotiva. Lançámos as bases para que este concelho seja muito diferenciado do ponto de vista regional, já o é, mas vai ser mais. Nos próximos meses vamos ter respostas no âmbito da transformação digital, com o Hub Tecnológico, estamos em fase de projeto para a criação do museu de Mangualde e vamos criar a nova zona industrial.
O que está reservado para os próximos quatro anos?
Os quatro anos que agora estão a terminar são manifestamente poucos para conseguirmos executar o que temos previsto e nos próximos quatro anos vamos fazer mais e melhor porque, agora sim, estamos a fazer aquilo com que nos comprometemos com os mangualdenses. Estou certo que os próximos anos vão ser a consolidação de um projeto de grande afirmação do concelho, não só do ponto de vista regional, mas nacional. Como disse no início, não foi por acaso que Mangualde foi o concelho de pequena dimensão que mais projetos viu aprovados no PRR.