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A Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB) vai arrancar, até ao final do primeiro semestre deste ano, com um serviço de recolha porta a porta de biorresíduos alimentares, anunciou esta quinta-feira (16 de janeiro) o seu secretário executivo, José Portela.
Com o lema “Sou resto, mas ainda presto”, o novo serviço apresentado hoje em Tondela chegará aos 19 municípios que integram a AMRPB e representa um investimento global de 3,5 milhões de euros, financiado por fundos comunitários.
Em restaurantes, cafés e cantinas escolares e, no caso dos concelhos de Tondela, Viseu, Mangualde, Nelas, Oliveira do Hospital, São Pedro do Sul e Seia, também em habitações, serão entregues contentores castanhos nos quais os biorresíduos devem ser depositados.
A recolha dos biorresíduos de alimentos estará a cargo da AMRPB, sendo os contentores dos produtores domésticos despejados três vezes por semana e os dos não-domésticos duas vezes.
José Portela explicou que 40% dos resíduos produzidos diariamente “têm uma condição biodegradável”, sendo a maior parte deles resíduos alimentares, e devem ser “olhados de maneira diferente e encaminhados para um circuito diferenciado”.
“Vamos, com este projeto, separar cerca de três mil toneladas de biorresíduos para encaminhá-los, através deste novo circuito, para tratamento”, frisou.
De acordo com dados da tabela da projeção anual de recolha de biorresíduos, para o total das 2.813 toneladas contribuem sobretudo os concelhos de Viseu (741), Seia (196), Tondela (184), Mangualde e Oliveira do Hospital (176 cada) e São Pedro do Sul (163).
No total dos 19 concelhos, estão previstas 227.448 recolhas, sendo 2.615 de utilizadores não-domésticos e 199 de utilizadores domésticos.
O responsável explicou que estarão envolvidos 838 estabelecimentos (de 19 concelhos) e 930 habitações (de sete concelhos).
Segundo José Portela, “o processo parece simples, mas é algo complexo”, sendo que “cada contentor entregue terá um identificador próprio” que permitirá monitorizar a adesão dos utilizadores.
“Se não houver adesão estamos a desperdiçar recursos”, alertou.
O novo serviço arrancará em Tondela e depois será alargado aos restantes municípios da AMRPB. Neste concelho do distrito de Viseu está previsto que, no primeiro ano de funcionamento, sejam realizadas 21.216 recolhas que evitarão que 184 toneladas de restos de alimentos vão parar ao aterro.
Na opinião da presidente da Câmara de Tondela, Carla Antunes Borges, “este é um projeto que vai mudar o paradigma da recolha e seleção dos resíduos”.
Segundo a autarca, “no caso de Tondela, serão considerados 50 produtores não-domésticos, desde cafés, restaurantes, cantinas escolares, entre outros, e 129 produtores domésticos”, sendo a adesão ao serviço gratuita para os utilizadores.
Carla Antunes Borges explicou que, inicialmente, o serviço vai estar disponível em zonas com maior densidade populacional, como a Quinta da Ínsua (49 casas), a Quinta do Espinheiro (35), a Urbanização Bela Vista e a Rua Frei Bernardo Castelo Branco (45).
“Nas zonas mais rurais há já uma prática ancestral de tratamento de biorresíduos. Temos de fazer uma aposta não só nas áreas onde a produção está mais concentrada, mas onde também a capacidade das populações no tratamento destes biorresíduos é mais incipiente e onde é necessária uma resposta mais próxima, assertiva e energética”, explicou, frisando a importância de garantir “a sustentabilidade do sistema”.
Para a autarca, este projeto, que segue as regras do Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU) 2030, vai melhorar a qualidade de vida das populações e garantir a sustentabilidade do território.
José Portela salientou que “Tondela é o único município do Planalto Beirão que tem três áreas distintas nos domésticos”, sendo que os outros concelhos “terão uma ou duas”.