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Performance “Dupla Fenda” encerra projeto “Corpo Museu” no Museu Nacional Grão Vasco

Depois de passar pelo Museu do Quartzo e pelo Museu de História da Cidade, o projeto Corpo Museu chega à sua última apresentação com a performance “Dupla Fenda”, que tem lugar no Museu Nacional Grão Vasco. O espetáculo vai ser apresentado numa sessão para o público escolar a 14 de fevereiro, e para o público geral a 15 de fevereiro, às 16h00 e às 21h00, com entrada gratuita

Carolina Vicente
 Performance "Dupla Fenda" encerra projeto "Corpo Museu" no Museu Nacional Grão Vasco
08.02.25
fotografia: Luís Belo
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 Performance "Dupla Fenda" encerra projeto "Corpo Museu" no Museu Nacional Grão Vasco
08.02.25
Fotografia: Luís Belo
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 Performance "Dupla Fenda" encerra projeto "Corpo Museu" no Museu Nacional Grão Vasco

Corpo Museu é um projeto criado por Joana Gomes Martins e Júlio Cerdeira, e pretende propor a reflexão sobre a relação entre corpo, memória e museu. A terceira e última performance, “Dupla Fenda”, conta ainda com a participação de Bianca Turner, artista virtual e performer, que traz o videomapping como elemento que centra a criação.

A escolha do título “Dupla Fenda” remete para a experiência da física quântica que demonstra como a observação pode influenciar a matéria. Segundo Joana Gomes Martins, essa ideia esteve sempre presente no projeto: “Abrir a possibilidade aos espectadores de criarem connosco. Aconteceu tanto no Cratera, que foi a primeira performance, como no Corpografia a uma Cidade. Havia sempre um espaço de criação ou de reimaginação coletiva com os performers e com o público”.

No Museu Nacional Grão Vasco, a dupla de criadores encontrou um outro ponto de interesse: as lacunas existentes nas obras expostas. “Dupla Fenda” parte dessa ideia de ausência e da passagem do tempo sobre as peças do museu. “Das primeiras impressões que tivemos das visitas que fizemos ao museu foi esta ideia de tentar abrir caminho pelo que não é visível, ou pelo que já não existe”, explica Joana Gomes Martins.

Entre as lacunas que a performance pretende explorar, estão obras inacabadas, obras que sofreram ação do tempo, como pinturas desbotadas ou esculturas que perderam partes, e obras que já chegaram riscadas ao museu por serem associadas ao mal.

Joana Gomes Martins sublinha que o espetáculo não pretende apenas olhar para essas falhas, mas também criar a partir delas: “Interessa-nos também fabular um bocadinho sobre aquilo que é a eventual continuidade da obra (…), encararmos o processo e trazê-lo para a performance enquanto foco”.

O diálogo entre o corpo e o museu

O projeto Corpo Museu partiu da ideia de que o corpo pode arquivar memórias e narrativas, tal como um museu. Através de performances criadas especificamente para cada espaço, procurou-se questionar as narrativas estabelecidas e envolver o público no processo criativo.

Na primeira apresentação, “Cratera”, no Museu do Quartzo, o público percorreu o espaço com os performers, para observar a relação entre o quartzo e a identidade local. No segundo espetáculo, “Corpografia a Uma Cidade”, no Museu de História da Cidade, trabalhou-se sobre os arquivos visuais de Viseu, com destaque para a memória coletiva e a ausência de figuras femininas nos registos históricos.

A interação com o público foi uma constante ao longo do projeto. Joana Gomes Martins destaca a importância das sessões escolares: “Foi super positivo porque partíamos de uma disciplina, daquele mineral, partíamos do quartzo, para olhar também todo o entorno natural, que é o Monte de Santa Luzia, para questionarmos temas como a exploração mineira e a forma como aquilo terá afetado as populações”.

No caso da segunda performance, foi realizado um trabalho prévio com turmas escolares para perceber a sua relação com a cidade e as suas expectativas para o futuro. “Para mim, enquanto também viseense, foi um bocado impactante, porque, pelo menos com os grupos com que nós trabalhámos, sentia-os com pouca esperança no futuro e nesta cidade-2.

O futuro de Corpo Museu

O projeto Corpo Museu chega ao fim com “Dupla Fenda” Questionada sobre uma possível continuação noutras cidades, Joana Gomes Martins admite que a possibilidade existe, mas sem planos concretos.

“Achamos interessante esta possibilidade de, através deste projeto, questionarmos o que é ser museu, e se nós também podemos ser museus com os nossos corpos. (…) Ainda não falámos muito seriamente nisso, mas já pensámos ir para outras cidades e, eventualmente, trabalhar sobre museus de outras cidades”.

Para já, o encerramento faz-se com uma performance que propõe um olhar contemporâneo sobre as obras do Museu Nacional Grão Vasco, através do videomapping e performance corporal para explorar o que se esconde nas lacunas da arte e do tempo.

“Dupla Fenda” tem lugar no Museu Nacional Grão Vasco e vai ser apresentado numa sessão para o público escolar a 14 de fevereiro, e para o público geral a 15 de fevereiro, às 16h00 e às 21h00, com entrada gratuita.

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