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“O turismo foi dos setores que mais cresceu, que mais se desenvolveu”, diz autarca de Cinfães

Armando Mourisco está a poucos meses de deixar a liderança da Câmara Municipal de Cinfães. O autarca, do Partido Socialista, não pode recandidatar-se devido à limitação de mandatos, mas é de consciência tranquila que diz sair do município

 “O turismo foi dos setores que mais cresceu, que mais se desenvolveu”, diz autarca de Cinfães
08.02.25
fotografia: Jornal do Centro
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 “O turismo foi dos setores que mais cresceu, que mais se desenvolveu”, diz autarca de Cinfães
08.02.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 “O turismo foi dos setores que mais cresceu, que mais se desenvolveu”, diz autarca de Cinfães

Armando Mourisco está a poucos meses de deixar a liderança da Câmara Municipal de Cinfães. O autarca, do Partido Socialista, não pode recandidatar-se devido à limitação de mandatos, mas é de consciência tranquila que diz sair do município. Numa entrevista que passa em revista os últimos 12 anos, Armando Mourisco destaca o crescimento do setor do turismo e recorda os investimentos feitos

Se tivesse que destacar algum mandato, qual destacaria e porquê?
Houve uma interligação entre mandatos, porque se pensamos em investimentos no primeiro mandato só se concretizam no último ou durante a fase final do segundo. Outra coisa importante é que são três mandatos que não foram em períodos de ‘vacas gordas’. No primeiro temos a Troika e as condicionantes com a redução de transferências do Orçamento de Estado, com limitações no recrutamento do pessoal, entre outras. No segundo mandato somos apanhados pela pandemia e no terceiro, com a guerra na Ucrânia e o disparar da inflação, vimos aumentar o custo de tudo, dos transportes e refeições escolares, das obras ou aquisição de bens e serviços.

Houve aspetos que dificultaram o trabalho?
Vou dar dois exemplos. O primeiro é a necessidade que existe, cada vez mais, de descentralização e de regionalização. O que dificulta muito o mandato é que os autarcas mandam muito pouco. As outras entidades externas, e são muitas, condicionam o desenvolver de políticas locais. São pareceres atrás de pareceres que demoram eternidades a serem emitidos. Temos que desburocratizar e reforçar o poder daqueles que conhecem melhor as dificuldades, os potenciais e que querem de facto valorizar esse mesmo território. E outra condicionante, além da inflação, é a dificuldade em encontrar resposta célere por parte de empresas, fornecedores e empreiteiros para o fornecimento de bens, serviços e empreitadas.

E, por outro lado, o que o surpreendeu?
Primeiro o povo cinfanense, que foi capaz de se unir em torno deste projeto, em torno desta terra e, de facto, aquilo que nos podia separar era muito inferior àquilo que nos unia. Esse é um primeiro aspeto francamente positivo. Depois, a resposta que foi dada pelas empresas e pelos empresários locais, mesmo em tempo de pandemia, de grandes dificuldades. Com enorme resistência e resiliência, as nossas empresas aguentaram-se e mantiveram os postos de trabalho. Houve um crescimento económico sustentável e sustentado, com mais empresas, mais emprego, mais volume de negócios e exportação. E depois é um concelho que se tornou atrativo, visitado por muitos milhares de pessoas. O turismo foi dos setores que mais cresceu, que mais se desenvolveu.

Tem números?
Hoje temos capacidade de resposta de cerca de 500 camas, no final de 2003 tínhamos 90. Temos muitos investimentos ainda em curso, mas fomos capazes de nos promover entre portas, fazendo investimentos, desenvolvendo atividades que foram atrativas e que trouxeram milhares e milhares de pessoas, que por sua vez divulgaram e trouxeram outras pessoas. Cinfães é um concelho apetecível para se visitar e onde é possível viver e ser feliz.

Em termos de obras, quais destacaria?
Na água e no saneamento, numa década duplicamos o investimento e duplicamos a oferta ao povo. Este é um concelho que tem 240 quilómetros quadrados, que tem 502 lugares, com muita dispersão, uns a 10 metros de altitude e outros a mais de 1000 metros de altitude. Isto torna a governação muito difícil, é mais difícil levar a luz pública a estes lugares, levar acessibilidade, os transportes escolares. E temos a educação, com um parque escolar de excelência, investimos a nível dos apoios, das atividades e infraestruturas. Assim como a valorização dos nossos recursos endógenos e do nosso território.

Que investimentos foram feitos nestas áreas?
Temos dois cais fluviais, Escamarão e Porto Antigo, temos um parque de campos mo e caravanismo e houve uma valorização do rio Douro. Fizemos investimentos na montanha com o Centro BTT, com a valorização da Serra do Montemuro, junto ao Rio Paiva com investimentos direcionados para o turismo, desporto, recreio e lazer. Temos um parque botânico de excelência, visitado por milhares de pessoas. Também temos os Observatórios da Senhora do Castelo e de Marcelim que são motivos de atratividade para milhares de pessoas. Depois, neste mandato, destaque para a Estratégia Local de Habitação.

O que foi feito?
Reconstruímos cinco escolas devolutas, fizemos uma oferta pública de aquisição e temos neste momento mais 40 habitações que vão estar prontas em breve para entregar aos cinfanenses. É um conjunto de investimentos, além das parcerias, porque não são só obras que contam para desenvolver o território. Temos a cultura, o turismo desportivo e de natureza e temos as nossas instituições de solidariedade social, todas com boas instalações, uma parceria que deu muitos frutos. Há ainda a nossa zona industrial que estava vazia, hoje está cheia e estamos a trabalhar para ampliá-la. No desporto, temos os recintos desportivos todos requalificados e o estádio municipal está em fase de obra. Mas também há uma panóplia de atividades, como a Expomontemuro que é um sucesso, entre outros eventos que enchem a restauração e as casas de turismo.

E o que não vai conseguir pôr em prática?
Há um conjunto de investimentos que estão a ser lançados a concurso e que eu gostaria muito de já os ter concretizado. Nem sempre correu bem, pelas dificuldades nos concursos públicos, empreiteiros, as entraves burocráticas e também entraves jurídicos, como na requalificação, por exemplo, do edifício dos Paços do Concelho. Mas o meu lamento é, sobretudo, pelo centralismo de Lisboa e pelas dificuldades que sentimos ao longo destes anos para que as nossas acessibilidades externas, da responsabilidade do Governo, fossem realizadas. Felizmente, hoje já vemos o IC35 em evolução, uma parte já concluída e a outra em fase de expropriação dos terrenos. A aproximação de Cinfães à A4, depois de um trabalho de 10 anos, também é obra consignada. Globalmente, acho que foram três mandatos positivos e sinto-me realizado e saio com consciência tranquila de que tudo fiz para melhorar a qualidade de vida do concelho e das minhas gentes.

Que mensagem importa deixar aos cinfanenses?
Quero dizer-lhes que tenho uma enorme gratidão pela oportunidade que me deram de servir este meu concelho. E deixo uma mensagem para olharem com grande sentido de responsabilidade, com grande carinho, para esta terra. Só juntos é que somos capazes de conseguir ultrapassar as dificuldades, de fazer as coisas boas e de desenvolver a nossa terra. E a nossa terra é muito maior do que qualquer um de nós, tem que estar sempre em primeiro lugar, é o nosso povo que tem que estar sempre no nosso pensamento. E é esse o desafio e essas palavras que quero deixar, de confiança, de esperança e de que o nosso concelho continuará a ser melhor cada dia que passa.

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