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Comandante dos Bombeiros de Santa Comba Dão demite-se e aponta problemas “graves e inaceitáveis” na corporação

Diogo Correia denunciou problemas que vão da falta de efetivos, de formação dos operacionais e de equipamentos e de uma “população descrente nos seus bombeiros”. Autarquia nega falta de condições

Micaela Costa
 Comandante dos Bombeiros de Santa Comba Dão demite-se e aponta problemas “graves e inaceitáveis” na corporação
10.02.25
Jornal do Centro
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 Comandante dos Bombeiros de Santa Comba Dão demite-se e aponta problemas “graves e inaceitáveis” na corporação
11.02.25
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 Comandante dos Bombeiros de Santa Comba Dão demite-se e aponta problemas “graves e inaceitáveis” na corporação

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Santa Comba Dão apresentou a demissão três meses depois de tomar posse. Num documento enviado à Associação Humanitária, Diogo Correia denunciou problemas “graves e inaceitáveis” que vão da falta de efetivos, a problemas organizacionais, falta de formação dos operacionais e de equipamentos e de uma “população descrente nos seus bombeiros”.

O Jornal do Centro teve acesso ao documento de pedido de demissão onde esclarece que aceitou ser comandante da corporação “na tentativa de ser uma mais-valia e ajuda à resolução do grave momento que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santa Comba Dão”. A nota foi entregue na passada sexta-feira (7 de fevereiro) e foi também enviado à autarquia e ao comando sub-regional de proteção civil de Viseu Dão Lafões.

“Nestes três meses encontrei alguns pontos que considero graves e inaceitáveis”, começa por escrever. Entre os problemas destaca a “falta de efetivos, que ao longo dos últimos anos foram saindo sem que nunca fosse questionado efetivamente o porquê de isso estar a acontecer”.

No documento, o agora ex-comandante revela que há falta de equipamentos e que há veículos que operam com a inspeção periódica “caducada há mais de um ano”.

“Homens e mulheres altamente desmotivados, sem equipamentos adequados, com equipamentos desgastados, chegando mesmo a ser necessário facultar o meu equipamento pessoal, nomeadamente um par de botas para que o elemento pudesse continuar a desempenhar a sua função de bombeiro em segurança. Pedi inclusive botas emprestadas ao corpo de bombeiros vizinho para que um elemento da EIP pudesse ter segurança na sua intervenção”, lamenta.

Diogo Correia revela ainda que “mais de metade do efetivo não tem formação válida” e que “nos últimos dois anos nem avaliação teve o que impede o normal acesso à progressão da carreira”.

“Um grupo de bravos homens que ergueram esta casa e que hoje estão no Quadro de Honra altamente tristes e com sentimento de abandono por falta de consideração”, descreve.

O bombeiro lamenta que exista “uma população descrente nos seus bombeiros por não darem a resposta que necessita”.

“E não me refiro só nas situações das emergências, pois há também todo um trabalho social e de resposta aos mais vulneráveis que uma Associação Humanitária tem o dever de fazer e que não estava a realizar. Sempre que tentei interagir com a população ou com algumas instituições e empresas, o que mais ouvi é que tinha de ter um discurso de reconciliação, porque por um motivo ou outro as pessoas estavam descontentes e não se sentiam acarinhadas e acolhidas”.

Diogo Correia denuncia que quando começou a fazer estes contactos foi “enxovalhado e humilhado por quem não o fazia”. Falou ainda de “problemas organizacionais que vão desde operacionais que pensavam que estavam no quadro de honra e afinal estavam no ativo, bombeiros penalizados disciplinarmente por faltarem ao serviço, ou por não cumprirem com o seu ciclo operacional (e bem!), enquanto que outros estando no ativo nem escalados eram e continuavam a estar aptos para o serviço”.

Segundo o agora comandante demissionário, os problemas não são novos e “ao longo de anos foram empurrados para debaixo do tapete”.

“Assim, visto que não quero ser responsável pelo que ocorre neste Corpo de Bombeiros, que vai contra o meu projeto, a minha maneira de ser e de pensar, pretendo apresentar a minha demissão”, finaliza.

Contactado, Diogo Correio disse não prestar esclarecimentos e referiu que “o que tinha a ser explicado foi enviado às entidades competentes”.

Já a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santa Comba Dão remeteu esclarecimentos para mais tarde.

Autarquia nega falta de condições dos operacionais
A Câmara Municipal de Santa Comba Dão já reagiu à saída do comandante, a quem agradeceu pelo “excelente trabalho realizado enquanto Comandante” e desejou “sucessos futuros”.

Quando às condições dos equipamentos, o presidente do município, Leonel Gouveia, refere que “encontram-se em perfeito estado de prontidão”.

No comunicado, o município quis ainda “tranquilizar os santacombadenses, assegurando que os Bombeiros Voluntários de Santa Comba Dão estão em perfeitas condições de executar todas as missões de proteção e socorro no sentido de proteger pessoas e bens”.

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