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A violência doméstica foi o crime mais reportado à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) no distrito de Viseu, em 2024. Em todo o distrito, a APAV apoiou 194 vítimas no ano passado.
Segundo o mais recente relatório estatístico da instituição, foram contabilizados 314 crimes de violência doméstica na região. Seguem-se as ofensas à integridade física, com 21 crimes comunicados, e a ameaça e coação, com 13 crimes.
As estatísticas foram divulgadas esta sexta-feira (21 de fevereiro) para assinalar o Dia Europeu da Vítima de Crime, que acontece este sábado (dia 22).
Os dados de 2024 surgem depois de, nos dois anos anteriores (2022 e 2023), a APAV ter apoiado 253 mulheres e 50 crianças e jovens vítimas de crime e violência no distrito de Viseu.
APAV atendeu uma média de 45 vítimas por dia e apoiou 16.630 pessoas em 2024
A nível nacional, a APAV apoiou 16.630 pessoas, uma média de 45 vítimas por dia, e contabilizou 105.747 atendimentos e 31.242 crimes e outras formas de violência.
A violência doméstica continua a ser o crime mais prevalecente, representando 76 por cento do total, seguindo-se os crimes sexuais contra crianças e jovens (6,4%) e as ofensas à integridade física (2,7%). Em 2024, a APAV atendeu por semana uma média de 177 mulheres adultas, 66 crianças e jovens, 36 homens adultos e 33 pessoas idosas.
A maioria das vítimas são mulheres (76,3%) e o perfil geral aponta para uma média de idades de 37 anos. Em 14,6% o agressor foi o cônjuge, em 12,4% o pai/mãe e em 9,5% o/a companheiro/a.
Os dados da APAV indicam que, em 2024, a organização atendeu, por semana, uma média de 177 mulheres, 66 crianças e jovens, 36 homens e 33 pessoas idosas.
Quanto às vítimas crianças e jovens (3,434), a maioria eram raparigas (58,9%) e em 42,3% dos casos o agressor foi o pai ou a mãe.
Nas pessoas idosas vítimas de crime (1.730), a maioria também foram as mulheres (76.2%), com uma média etária de 76 anos, e em mais de um em cada três casos (34,5%) o agressor foi o/a filho/a. Em 21,2% agressor foi o cônjuge.
Nos homens vítimas de crime (1.888) a média etária é de 47 anos e em 12,3% o agressor era cônjuge, em 9,2% o/a filho/a e em 8,7% o/a ex-companheiro/a.
A maioria das vítimas (51,5%) contactou a APAV por telefone, 22,4% por e-mail e em 17,75 dos casos o contacto foi presencial.
O local do crime foi a residência comum em quase metade dos casos registados (49,4%) , em 14,4% a residência da vítima e em 9,7% dos caso o crime foi cometido na via pública.
Quanto à referenciação para a APAV, em 49,4% dos casos as vítimas contactaram a organização por iniciativa própria, houve 12,6% de casos em que o envio foi feito pelos órgãos de polícia criminal e em 12,6% pelo Ministério Público e pelos tribunais.
A APAV tem 24 gabinetes de apoio, cinco equipas móveis e 35 pólos de atendimento, além da Linha de apoio à Vítima (116 006) e da Linha Internet Segura (800 21 90 90).
Os dados estatísticos referem-se aos processos de apoio desenvolvidos presencialmente, por telefone, e-mail e online no ano transato, pelos 84 serviços de proximidade da APAV.
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima presta apoio gratuito, confidencial e especializado a vítimas de todos os crimes.
A Linha de Apoio à Vítima – 116 006 – funciona de segunda a sexta-feira, entre as 08h00 e as 23h00, e a Linha Internet Segura está disponível através do 800 21 90 90, de segunda a sexta-feira, entre as 08h00 e as 22h00, e pelo endereço de e-mail linhainternetsegura@apav.pt.